Brasília, 16/3/2003 (Agência Brasil - ABr) - O presidente do Iraque, Saddam Hussein, negou mais uma vez neste domingo as alegações dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha de que seu país estivesse escondendo armas de destruição em massa, chamando tais acusações de "uma grande mentira".
A declaração foi feita durante uma reunião com mais de 30 comandantes militares, exibida pela televisão iraquiana. A transmissão aconteceu no mesmo horário da entrevista coletiva dada pelo presidente norte-americano George W. Bush, os primeiros-ministros britânico, Tony Blair, e português, José Manuel Durrão Barroso, e do chefe de governo espanhol, José Maria Aznar, no arquipélago dos Açores. Bush disse a repórteres que a segunda-feira seria "a hora da verdade para o mundo".
Washington e Londres afirmam que o Iraque não cumpriu as resoluções das Nações Unidas que exigem que Bagdad abra mão de suas armas químicas, biológicas e nucleares e mísseis balísticos, e vêm ameaçando desarmar o país pela força. Cerca de 250 mil militares norte-americanos e britânicos estão no Golfo Pérsico para uma possível ofensiva militar.
O ministro das Relações Exteriores iraquiano, Naji Sabri, disse que Bagdad estava se preparando para uma guerra e havia ordenado a distribuição de cinco meses de ração para a população. (As informações são da Agência de Notícias CNN).