Educação quer a colaboração do Congresso

19/02/2003 - 21h41

Brasília, 19/2/2003 (Agência Brasil - ABr) - A visita do ministro da Educação, Cristovam Buarque, ao presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha (PT-SP), abriu hoje o canal de cooperação permanente entre o Ministério da Educação e o Congresso Nacional. "Esse estreitamento maior entre o Mec e o Parlamento tem três pontos importantes", disse o ministro, acrescentando que, além de apresentar as principais propostas de sua pasta (erradicação do analfabetismo no Brasil, implementação da escola ideal e a reestruturação da universidade pública), quer ouvir a opinião de deputados e senadores. "Mais que isso, queremos que os parlamentares sejam nossos ouvidores. Que nos tragam as insatisfações e as denúncias de mal uso do dinheiro da Educação", reiterou.

Cristovam anunciou que o contato permanente com os parlamentares vai preparar caminho para a discussão que deseja promover em agosto, na busca de mais recursos para a Educação brasileira no orçamento do ano que vem. "2004 será o ano da Educação", afirmou. Segundo o ministro, a primeira lei a ser enviada aos parlamentares pelo Mec será a de mudança no critério de escolha de reitor. Cristovam tem afirmado constantemente que quer acabar com a lista tríplice e nomear aquele que democraticamente for o escolhido da instituição por professores, funcionários e alunos.

O ministro encontrou-se também com representantes do Núcleo de Educação do Partido dos Trabalhadores. Ele afirmou que a Educação tem como deixar sua marca nos próximos quatro anos, tendo o presidente Lula na liderança, e comprometeu-se com o Núcleo a brigar pelo cumprimento da legislação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef/MEC), que prevê recursos de R$ 700,00 por criança, assim como abolir o analfabetismo no Brasil e iniciar a implementação das reformas necessárias para que o país tenha uma escola pública igualitária e de qualidade. O Núcleo de Educação do PT funciona há mais de quatro anos e tem promovido debates sobre qualidade, merenda escolar, ensino superior, analfabetismo, ensino técnico e outros temas ligados à política educacional.