Brasília, 5/1/2003 (Agência Brasil - ABr/CNN) - As pesquisas de boca-de-urna realizadas ao término das eleições para a presidente da Lituânia, neste domingo, deram ao candidato da oposição, Rolandas Paksas, uma inesperada vantagem – ainda que pequena – sobre o atual presidente, Valdas Adamkus.
O Serviço de Notícias Báltico ouviu 2.000 eleitores, os quais deram a Paksas, do direitista Partido Democrata Liberal, 50,9 por cento dos votos. Adamkus, de 76 anos, apareceu com 49,15 por cento na pesquisa. Entretanto, como a margem de erro é de três pontos percentuais, é impossível afirmar que o resultado da pesquisa refletirá a realidade das urnas.
Antes da eleição, a maioria das pesquisas de intenção de voto dava a Adamkus uma vitória folgada. Adamkus não tem partido, mas conta com amplo apoio de centro-direita. O presidente apostava em sua bem sucedida tentativa de levar a Lituânia à União Européia e à Otan como sua maior chance de permanecer no poder.
Paksas, de 46 anos, foi prefeito de Vilna e duas vezes primeiro-ministro da ex-república soviética.
A eleição deste domingo foi em segundo turno, já que no primeiro, no mês passado, Adamkus venceu, mas não com a maioria suficiente para garantir a presidência.
Ao longo da campanha eleitoral, Adamkus alertou que uma eventual vitória de Paksas poderia levar a Lituânia de volta aos tempos da linha dura soviética.
De fato, ao mesmo tempo em que prometeu melhorar as condições de vida da população e adotou um tom liberal, Paksas defendeu a rigidez no cumprimento da lei e da ordem.
As informações são da CNN.