Rio, 26/12/2002 (Agência Brasil - ABr) - O número de policiais mortos em combate ao ano, no Rio, corresponde ao efetivo de um batalhão da Polícia Militar. A revelação foi feita hoje pela coordenadora de Segurança e Justiça do estado, Jaqueline Muniz, ao apresentar um CD-ROM contendo pesquisa detalhada sobre incidências criminais nos últimos dez anos.
Segundo a coordenadora, a pesquisa, inédita no estado e elaborada pelo Núcleo de Pesquisas e Análises Criminais (Nupac), aponta o aumento dos casos de autos de resistência no Rio, e a apreensão de 12 mil armas nos últimos meses, sem incluir granadas.
Jaqueline Muniz explicou que quando "há um volume de grande apreensão de armas pesadas, como metralhadoras e fuzis, o seu campo de efeito se amplia. O confronto entre bandidos e a polícia tem ocorrido com mais freqüência, mas o estado tem feito um grande esforço para a redução desses embates, primeiramente, qualificando a polícia através de cursos".
A coordenadora de Segurança e Justiça disse também que o objetivo é reduzir o risco de balas perdidas e o resultado dos autos de resistência. Mas lembra que quem está do outro lado está sempre com uma arma pesada ou granada. "É evidente que a ação dirigida para o enfrentamento ao crime organizado tende a gerar esse tipo de situação, que deve ser objeto constante de monitoramento e de esforço para reduzir esse quadro" – analisou.