Brasília, 20/11/2002 (Agência Brasil - ABr) - O secretário-executivo do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), Saulo Cisneiros, disse hoje que o combate ao desperdício de energia elétrica depende da educação do consumidor. Ele exemplificou com o racionamento de energia do ano passado: todo mundo reclamou, mas depois houve mudanças de hábito que não fizeram a demanda crescer. "Se isso não acontecesse, a sistemática poderia voltar", afirmou ele, durante seminário sobre a eficiência energética em companhias de água e esgoto.
Segundo ele, o combate ao desperdício aumenta a produtividade e a competitividade do país e coloca o setor de saneamento como merecedor de tratamento prioritário.
De acordo com os números apresentados por Cisneiros, em 17 anos, o Procel gerou economia de 13,5 bilhões de quilowats/hora, o equivalente ao abastecimento anual de 4,5 milhões de residências, ou duas vezes e meia a energia gerada por uma usina como Angra-2.
Cisneiros disse que o combate ao desperdício evita investimentos de quase R$ 11 bilhões na construção de hidrelétricas e redes de transmissão de energia. "Além do mais, reduz as perdas das concessionárias, de 17% para 10%, garantiu.