Rio, 20/11/2002 (Agência Brasil - ABr) - Construído entre 1858 e 1866 e tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional, o prédio que agora vai abrigar o Arquivo Navional foi sede e fábrica da Casa da Moeda do Brasil. Mas estava abandonado desde 1983, sendo restaurado em um ano e meio, ao custo de R$ 28,5 milhões.
A restauração foi uma parceria da Caixa, BNDES, Petrobras, Correios, Banco do Brasil, Furnas e Eletrobrás, com os incentivos fiscais concedidos pela Lei Rouanet por contribuições ao desenvolvimento da cultura no país. O Arquivo Nacional é o maior centro de preservação documental da América Latina e deverá ser aberto ao público em março do próximo ano.O ministro chefe da casa civil, Pedro Parente, disse que a inauguração marca o início de uma nova relação da instituição com o poder executivo e a sociedade brasileira. "O Arquivo permitirá a expansão e a melhoria dos serviços prestados na área de gestão de documentos e de preservação do arquivo documental", disse.
Segundo Parente, o Arquivo Nacional vai contar com um sistema informatizado para acesso dos usuários, que poderão também acessar arquivos de entidades de outros continentes. O Arquivo terá um moderno sistema de recuperação de informações e digitalização de documentos, guardados em locais apropriados e climatizados.
Em estilo neoclássico, a nova sede é um complexo de quatro edifícios, dispostos em forma quadrilátera que poderá armazenar 130 quilômetros de estantes de documentos, livros, mapas, plantas, filmes e fotografias que contam a história do país. Na fachada principal, destaque para as colunas de seis metros esculpidas em rochas de gnaisse que emolduram as portas de jacarandá.
As escadarias em granito, de 44 degraus, que levam ao segundo piso, também foram preservadas, bem como os tetos em abóbadas de aresta ou berço e algumas portas de ferro de até 50 cm de espessura. O pátio interno ganhou um anfiteatro de cerca de 360 lugares, além de galerias, biblioteca, livrarias e um café.