Presidente inaugura obras e janta com primeiro-ministro espanhol, no Rio

20/11/2002 - 20h36

Rio, 20/11/2002 (Agência Brasil - ABr) - O presidente Fernando Henrique disse agora há pouco, durante inauguração das obras de restauração do Arquivo Nacional, que a linguagem da democracia permite uma utopia: "a nossa utopia não é quebrar, mas preservar o que é bom, modificar o que é ruim e dar continuidade ao processo do que seja a gestão pública".

Na avaliação do presidente, foi-se a época em que se imaginava possível produzir um homem novo ou uma sociedade nova, através da ruptura radical. Hoje, disse, é difícil manter essa atitude. O importante é mudar, considerando-se o que já foi feito, para que a memória seja preservada, disse o presidente ao referir-se à restauração do espaço do conjunto arquitetônico da Casa da Moeda, onde está localizado o Arquivo Nacional, restaurado e modernizado com seus documentos e arquivos de vários séculos da história do Brasil.

Ao comentar a beleza das obras inauguradas, o presidente lembrou a importância da necessidade de instituições como o Arquivo Nacional na preservação da memória de um país. Atingimos a maturidade necessária para avançarmos, disse FHC. Não seria fácil fazer o que foi feito, e não foi fácil. Mas teria sido impossível, se não houvesse esse espírito de busca e de convergência, de continuidade e respeito a um trabalho que já foi feito, a partir de poucas sementes, completou.

O presidente concluiu que são muitas as razões para que o Rio de Janeiro fulgure não apenas pela beleza arquitetônica, mas também pelo espírito de sua gente, que é capaz de guardar com zelo a memória histórica do nosso país. E ao guardar essa memória, seguir também o caminho da mudança, mas mudança para melhor. Neste momento, o presidente Fernando Henrique segue para o restaurante Porcão Rio, no Aterro do Flamengo, onde janta com o ex-primeiro-ministro espanhol, Felipe Gonzalez. O presidente embarca ainda hoje de volta a Brasília.