Porto Alegre, 20/11/2002 (Agência Brasil - ABr) - O Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec) é um projeto estratégico e prioritário para o Mercosul e todos os países devem apoiá-lo. Essa foi a recomendação dos coordenadores de C&T da Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai, ao final da Reunião Especializada de Ciência eTecnologia do Mercosul (Recyt), realizada hoje, na Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), em Porto Alegre.
O Ceitec foi apresentado pelo secretário Renato de Oliveira, que enfatizou a sua importância para o desenvolvimento dos países da região. "Trata-se de tecnologia não disponível no mercado mundial e devemos desenvolvê-la", definiu. Unindo esforços dos governos federal, estadual e municipal e da empresa Motorola, com apoio de universidades e entidades empresariais, o Ceitec já tem como parceira a Universidade da República do Uruguai, que tem representação no Conselho Deliberativo. Presidente do Conselho de Administração do Ceitec, Oliveira propôs a adesão de instituições de nível superior e da iniciativa privada da Argentina e Paraguai, bem como Chile e Bolívia, como países associados ao Mercosul.
Para concretizar essas ações, o secretário apresentou duas propostas que foram aprovadas:
a realização de um seminário técnico em abril de 2003, para definir parâmetros de política comum de desenvolvimento da microeletrônica, a ser precedido por workshops para a apresentação do projeto a universidades e empresas; e o endosso da Recyt ao Ceitec na sua apresentação à Corporação Andina de Fomento (CAF), a ser feita no dia 2 de dezembro deste ano na sede da CAF, em Caracas.
A Rede de Implementação da Cadeia Produtiva de Fitoterápicos (Rede Fito-RS) também entusiasmou os coordenadores do Mercosul e ficou definido que após o 1º Mercofito - Seminário Internacional de Medicamentos Fitoterápicos, a ser realizado em Panambi, de 4 a 6 de dezembro de 2002, serão estudados seminários técnicos nos países do Mercosul para discutir as
formas de trabalho conjunto. A Rede Fito, programa da SCT, visa a produção de medicamentos fitoterápicos com qualidade, através de pesquisas científicas; o incremento de renda no meio rural e a conseqüente fixação do homem no campo, além de desenvolver novas tecnologias de produção e industrialização de medicamentos.
Houve grande interesse pelo projeto, que receberá um aporte de US$ 1 milhão do Fida, fundo ligado à Organização das Nações Unidas (ONU) para o desenvolvimento de projetos de pesquisa e transferência tecnológica na área agrícola. A verba para a Rede Fito, a fundo perdido, já está na agenda das Dotações de Assistência Técnica (TAG) para 2003.