Brasília, 20/11/2002 (Agência Brasil - ABr) - A educação superior brasileira atingiu a marca de três milhões de matrículas em 2001. O número ultrapassa a meta estabelecida em 1998 pelo Ministério da Educação, que pretendia chegar a 2,7 milhões de alunos em 2002. Os resultados do Censo do Ensino Superior de 2001 foi divulgado hoje pelo ministro da Educação, Paulo Renato.

"O resultado é engrandecedor e significativo. Atribuo essa expansão à melhoria do ensino médio e à expansão do sistema superior", disse o ministro da Educação.

O ritmo de expansão na educação superior foi maior, em 2001, na região Norte, com um aumento de 23% em relação a 2000, seguido da região Sudeste, com 12%. Nas demais regiões, o crescimento foi menor do que o registrado no ano passado. No Centro-Oeste, a expansão em 2001 foi de 16%, mas, no ano anterior, havia sido de 20%. No Nordeste, o crescimento foi de 11% e, em 2000, de 16%. No Sul, a elevação foi de 11%, contra os 15% do ano anterior.

O censo do ensino superior de 2001 também revela que 57% dos alunos estudam no período noturno e 56% são mulheres. O documento mostra, ainda, que os estabelecimentos situados nas capitais apresentaram, este ano, taxas de crescimento de matrícula mais elevadas do que as instituições do interior. Enquanto a matrícula nas capitais subiu 13%, no interior o aumento foi de 12%. Mas o interior continua concentrando a maioria da matrícula: 53%.

De acordo com o censo, o maior número de ingressos, em 2001, foi na rede privada: 793 mil alunos, com um crescimento de 19%. Na rede federal, o crescimento foi de 3%. A rede estadual apresentou uma expansão de 6% no número de matrículas.

"Acredito que hoje, em termos de qualidade, todo o sistema superior está homogêneo. Agora, o país precisa investir mais no financiamento estudantil para o nível superior", completou o ministro.