Brasília, 17 (Agência Brasil - ABr) - A secretária de Estado de Assistência Social, Wanda Engel, que também é coordenadora do Projeto Alvorada, marcou para hoje reunião com os secretários municipais de assistência social das metrópoles mais atingidas pelo problema de atendimento às populações de rua. O objetivo é avançar no desenho de uma ação conjunta a ser posta em prática tão logo seja superado o período eleitoral, que proíbe a execução de novos projetos. A idéia é proporcionar o retorno à terra natal daqueles que migraram para as grandes cidades e hoje perambulam pelas ruas, dando-lhes condições de sobrevivência digna, com a sua inclusão e a de suas famílias em programas sociais e de geração de renda.
A reunião será realizada na sede da Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas), na Esplanada dos Ministérios, bloco A, 1º andar, às 14h. Devem participar os secretários do Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Recife, Salvador e Porto Alegre. "Queremos criar elos entre as cidades-pólos de migração e de repulsão. Estamos investindo R$ 13,2 bilhões nos municípios mais pobres do País (Projeto Alvorada), justamente para estancar a migração e evitar bolsões de pobreza nas grandes cidades. Em muitos desses municípios onde o Alvorada atua já é possível provocar o retorno daqueles que migraram para os grandes centros, dando-lhes condições de cidadania", explica Wanda Engel.
A falta de uma política coesa, com intercâmbio de experiências e de informações entre os agentes da assistência social, resultou, recentemente, em desentendimentos entre os titulares das secretarias de assistência social do Rio de Janeiro e de São Paulo, com troca de acusações por intermédio da mídia, segundo as quais o Rio estaria pagando passagens para a população de rua, sem controle do seu destino, o que estaria resultando na superlotação dos albergues de São Paulo, em função do grande número de migrantes daquela cidade. "Queremos ir além da simples questão de financiar as despesas dos albergues, porque isso não age nas causas do problema e, tampouco, resgata a cidadania dessas pessoas", acrescenta a secretária.