São Paulo, 17 (Agência Brasil - ABr) - Com a participação de 33 empresas das grandes grifes da moda brasileira e a mostra das tendências nas coleções para o próximo verão, prossegue, na sede da Bienal de São Paulo, a São Paulo Fashion Week, também chamada de calendário oficial da moda. Aberta na última segunda-feira com a participação da top model Gisele Bundchen, na exibição das roupas de praia, o evento irá até o próximo sábado, reunindo 38 desfiles.
Uma das organizadoras do encontro, Graça Cabral, observou que as criações para a próxima estação estão bastante diversificadas e abusando das cores como é natural nos climas mais quentes e o que deve predominar são as estampas.
Ela observou que o segmento da moda hoje é o segundo maior empregador do país, perdendo apenas para o setor da construção civil. Só os dados registrados pela indústria têxtil, conforme lembrou, indicam a movimentação de R$ 22 bilhões, valor que "é pouco se considerarmos o grande potencial deste segmento que passou a ser reconhecido internacionalmente e cujos produtos passaram a ter uma identificação com a marca Brasil, na inserção do mercado globalizado".
Graça destacou ainda que o sucesso das modelos brasileiras no exterior, como é o caso da própria Gisele e de outros talentos das passarelas, teve um papel de "Abre Alas" para os nossos estilistas e demais profissionais ligados às confecções que vão desde as voltadas para o semielaborado da moda esportiva até peças glamourosas de alta costura.
O uso dos tecidos é outro detalhe importante da moda atual com uma demanda de cerca de quase 100% para os que têm origem nacional. "Até há pouco tempo, a entrada dos importados era justificada como uma necessidade diante de uma indústria obsoleta, mas hoje a indústria se modernizou, e não temos motivo para ir buscar lá fora a matéria-prima", disse Graça.