Brasília, 17 (Agência Brasil - ABr) - O general Lino Oviedo afirmou nesta noite, em entrevista coletiva, que não é responsável pela crise política ocorrida no Paraguai nos últimos dias. Para ele a situação é causada por problemas de estrutura interna, pelo desrespeito das autoridades à Constituição e por problemas sociais, como desemprego. Ele alegou ainda que não incitou em nenhum momento a desordem e que aprova umas revoluções pacíficas, democráticas e acima de tudo seguindo a Lei.
Oviedo disse ainda que pretende ficar no Brasil pelo tempo que for necessário, respeitando a vontade do País. Ele ressaltou ainda que seus atos no Brasil são do conhecimento do governo brasileiro. "Não há nada que eu faça sem transparência, que a Polícia Federal não saiba", argumentou. O general negou sua participação em qualquer tentativa em golpe de Estado, mas revelou que mantém contato com alguns integrantes de seu partido.
O general não tem previsão de volta ao Paraguai e afirmou que enquanto estiver no Brasil trabalhará como pesquisador na área de irrigação. Oviedo apresentou um documento da Universidade de Cuiabá (Unic), na semana passada, ao Departamento de Estrangeiros do Ministério da Justiça, para comprovar que foi aceito na instituição. Com o projeto, ele pretende conseguir um visto de pesquisador para permanecer no Brasil.