Brasília, 17 (Agência Brasil - ABr) - O ministro do Esporte e Turismo, Caio Luís de Carvalho, recebeu hoje a diretoria executiva da Federação Nacional de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares para tratar do desenvolvimento do turismo no Brasil e da criação de uma linha de crédito para pacotes turísticos.

Segundo o presidente da Federação, Norton Lenhart, no primeiro semestre, a ocupação dos hotéis brasileiros foi abaixo do esperado por uma série de fatores internos e externos. Ele disse que é preciso melhorar o desempenho da ocupação hoteleira nacional e criar mecanismos para reativar o turismo interno.

"Uma das melhores maneiras é a criação de uma linha de crédito para pacotes turísticos internos no Brasil. Para isso precisamos do apoio do Ministério do Turismo, da Embratur e de um banco estatal como o Banco do Brasil para viabilizar os recursos necessários e fazer o pacote com juros acessíveis", explicou Lenhart.

Ele destacou que isso pode gerar uma demanda maior para o mercado e não beneficiaria somente o setor hoteleiro, mas também os restaurantes, as empresas aéreas e terrestres e toda a economia em geral. "O projeto não é novidade, pois a própria Embratur já lançou há alguns anos atrás um projeto semelhante", disse Lenhart.

O presidente da Federação acrescentou que, na reunião, também foi discutida a criação de um censo para o setor com o objetivo de descobrir quantos hotéis e restaurantes existem no Brasil.

"Nós não temos os números corretos e precisamos saber quantas pessoas empregamos, qual o tipo de mão-de-obra empregamos. Ou seja, fazer uma radiografia do setor. A Embratur está começando a realizar um projeto deste tipo através da Fundação da Universidade de São Paulo e pesquisas na área de turismo e pretendemos inserir o censo", observou.

Ele afirmou que a estimativa é que existem hoje no setor 1,2 milhão de empresas que empregam mais de nove milhões pessoas diretamente e isso faz com que o setor seja o maior empregador do país. "Nossa importância é muito grande para o desenvolvimento econômico e social do Brasil", concluiu Lenhart.