Quito sedia até amanhã seminário sobre a América Latina

15/07/2002 - 17h42

Brasília, 15 (Agência Brasil - ABr) - Profissionais de países sul-americanos, como cientistas políticos, sociólogos, jornalistas, economistas e especialistas em energia e petróleo, participam até amanhã (16) do seminário "América do Sul", na Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (FLACSO/Equador), em Quito. Os temas do encontro são integração física, negociações entre a Comunidade Andina e o Mercosul, energia, ciência e tecnologia, cultura e democracia. "O seminário é importante porque é uma reflexão entre os especialistas sobre essas problemáticas no contexto da América do Sul", afirmou o embaixador do Brasil no Equador, Sérgio Florêncio, em entrevista à Radiobrás.

O objetivo do seminário é, também, dar uma base acadêmica para a reunião da "Cúpula dos Presidentes da América do Sul", que será realizada no fim deste mês, em Guayaquil, no Equador. "A idéia é promover um fórum de debates para trazer sugestões e idéias sobre o conceito de América do Sul, que é relativamente novo, mas é muito importante de ser explorado porque tem um grande potencial", afirmou o ministro Carlos Cardim, diretor do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (Ipri), da Fundação Alexandre Gusmão (Funag). O embaixador disse que as questões discutidas no seminário irão se transformar num livro sobre a América do Sul. Na reunião dos presidentes, será lançada uma edição preliminar.

Sérgio Florêncio destacou a importância da integração física. Segundo ele, para planejar a infra-estrutura de uma hidrovia, por exemplo, deve ser levado em conta, não só a realidade nacional, mas a sinergia com outros países da América do Sul. "É preciso sensibilizar as pessoas para essa integração física", afirmou Florêncio.

O encontro está sendo promovido pelo Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (Ipri/Funag), do Itamaraty, pela Academia Diplomática do Equador e pela Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (FLACSO).