Neonazista que tentou matar Chirac será submetido a exames psiquiátricos

15/07/2002 - 14h20

Brasília, 15 (Agência Brasil - ABr/CNN) - Maxime Brunerie, o jovem neonazista que tentou matar a tiros Jacques Chirac, quando o presidente da França participava ontem (14) do desfile militar do dia da Queda da Bastilha, foi transferido para um hospital a fim de ser submetido a exames psiquiátricos, informaram hoje autoridades policiais. Conhecido pela polícia por ter problemas emocionais, o suspeito, de 25 anos, pertenceria a grupos de hooligans como a entidade estudantil de extrema-direita Groupe Union Défense. Ele também teria ligações com uma organização dirigida por Bruno Mégret, ex-aliado de Jean-Marie Le Pen, o líder da Frente Nacional. As informações são da CNN.

Brunerie foi dominado por membros do público ao retirar uma carabina calibre .22 de uma valise porta-violão. Nesse momento, o presidente passava em carro aberto a cerca de 100 ou 150 metros do local do incidente, que ocorreu perto do Arco do Triunfo e da avenida Champs Elysées, afirmou o ministro da Interior, Nicolas Sarkozy.

A polícia está tratando o incidente como uma ação isolada de uma pessoa "demente" e o caso não será transferido para a divisão antiterrorismo. "Não acredito que houve conluio para assassinar o presidente porque o atirador usaria uma arma de maior calibre", afirmou o policial Nicolas Couteau. "Parece um ato de uma pessoa demente".

Brunerie teria declarado à polícia que pretendia atirar em Chirac. "Foi uma tentativa de assassinato", disse Patrick Devedjian, do Ministério do Interior. "Após disparar o primeiro tiro, o suspeito foi dominado e tentou virar a arma contra si mesmo. Ele admitiu que queria matar o presidente". A primeira-dama, Bernadette Chirac, também disse que o objetivo do atirador era matar seu marido.