Porto Alegre, 15 (Agência Brasil - ABr) - O Frigorífico Castilhense de Júlio de Castilhos, no interior gaúcho, inicia no próximo sábado o abate comercial de 1.300 emas de 15 criatórios do Rio Grande do Sul, a maioria de Uruguaiana e Itaqui. A liberação foi concedida no último final de semana, depois que os fiscais da inspeção federal do Ministério da Agricultura acompanharam o abate experimental de 10 emas para a avaliação das condições sanitárias e do serviço. Será o único frigorifico gaúcho a trabalhar com emas este ano.

Segundo o administrador do frigorífico, Leonardo Thibes, a safra para abate de emas ocorre entre maio e agosto, mas por ser a primeira vez que o Frigorífico Castilhense faz esse serviço, houve um pequeno atraso na liberação especial da inspetoria sanitária. O trabalho com as emas será feito só aos sábados. Durante a semana, o frigorífico precisa abater mil suínos por dia.

O presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Ema (Abrace), Carlos Augusto Simões Lopes, explicou que a ema, ave nativa da América do Sul, comum no Sul do Brasil, pesando entre 20 e 30 quilos, é diferente da avestruz africana, criada em São Paulo, que pode atingir até 160 quilos. O quilo da carne de ema, mais macia e um pouco mais doce que a de avestruz, que inicialmente será vendida apenas no mercado interno, deverá chegar ao consumidor em torno de R$ 25,00.