Brasília, 10 (Agência Brasil - ABr) - O secretário interino de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Célio Porto, participa amanhã, no Ministério da Fazenda em São Paulo, de reunião com a cadeia produtiva do milho para avaliar a conjuntura do mercado do produto. Durante o encontro, do qual participa também o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Vilmondes Olegário, serão discutidas as medidas que podem ser implementadas pelo governo para apoiar a cultura do cereal na próxima safra de verão.
O ministro Pratini de Moraes poderá anunciar amanhã as novas medidas, que inclui o lançamento de contrato de opção para o milho. O objetivo é dar ao produtor uma sinalização de preço no momento da colheita e evitar a redução da área plantada do cereal no país. Na região sul concentram-se o maior produtor (PR) e os principais consumidores (RS e SC). A expectativa do governo é oferecer contrato de opção com o melhor preço dos últimos anos.
O lançamento do mecanismo de comercialização faz parte da estratégia do governo para fortalecer a cadeia produtiva do milho, visando estimular o plantio e garantir preço competitivo ao produtor, além de abastecimento para a indústria.
Hoje, Pratini de Moraes reuniu-se com o diretor de Agronegócio e Governo do Banco do Brasil, Biramar Nunes, para solicitar maior agilidade na liberação de financiamento para os produtores de milho.
Também está sendo analisada proposta do setor de aumentar para 100% o limite de crédito de custeio ao produtor por hectare. Atualmente o orçamento do produtor chega a aproximadamente 80% do custeio da lavoura, dependendo da região. Biramar Nunes afirmou que o Banco do Brasil poderá ampliar o limite tomando como garantia os contratos de opção de venda antecipada a preço fechado.
Os limites de financiamento para o milho fixados dentro do Plano Agrícola e Pecuário 2002/2003, lançado na semana passada pelo ministro Pratini de Moraes, são de R$ 250 mil por produtor para as lavouras de sequeiro e R$ 300 mil para as irrigadas, com juros de 8,75% ao ano. O limite de crédito para o milho será mantido independentemente de o produtor tomar financiamento para outras culturas.