Rio de Janeiro, 10 (Agência Brasil – ABr) - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acusou variação de 0,42% no mês de junho, uma alta de 0,21 ponto percentual em relação a maio, quando a taxa havia ficado em 0,21%. Com o resultado, o IPCA – índice utilizado como parâmetro para as metas inflacionárias fixadas pelo Banco Central - fechou o primeiro semestre do ano com variação de 2,94%, resultado ligeiramente inferior aos 2,96% relativos à inflação acumulada no primeiro semestre do ano passado. Em junho de 2001, o índice havia ficado em 0,52%.
O IPCA diz respeito às famílias com renda entre um e 40 salários mínimos, em nove das principais regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília. A maior variação ocorreu em Salvador (0,87%) e a menor em Belém (0,19%). No Rio, a alta foi de 0,70%, e em São Paulo, de 0,27%. Além de São Paulo e Belém, também tiveram resultados abaixo da média nacional de 0,42%, Recife (0,41%); Curitiba (0,38%); Belo Horizonte (0,30%); e Porto Alegre (0,22%).
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a alta verificada em junho foi influenciada pela elevação dos preços do gás de cozinha (que subiu 9,2% nas refinarias) e do reajuste das tarifas dos ônibus urbanos, que subiram 2,44%, em virtude dos reajustes ocorridos no Rio de Janeiro, Fortaleza e em Salvador.
Depois de ter acusado queda de preço de 3,67% em maio, o gás de cozinha deu a maior contribuição individual para a alta do IPCA de junho: 0,14 ponto percentual.
Os alimentos mostraram relativa estabilidade de preços em junho (0,08%), após terem caído 0,59% em maio. Produtos importantes tiveram alta de preços, a exemplo do óleo de soja (de -1,28% para 8,00%) e do feijão carioca (de 0,31% para 5,68%).
O IBGE também divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que segue a mesma metodologia de pesquisa do IPCA, nas mesmas 11 áreas, mas envolve apenas as famílias com renda entre um e oito salários mínimos. Em junho, a taxa subiu 0,61%, resultado 0,52 ponto percentual superior aos 0,09% da taxa de maio.
Com o resultado, o INPC fechou o primeiro semestre com alta acumulada de 3,42%, mais baixo que o do mesmo período do ano passado (3,81%). O acumulado nos últimos doze meses situa-se em 9,04%, próximo ao resultado dos 12 meses imediatamente anteriores (9,03%). Em junho de 2001, a taxa mensal foi de 0,60%.
O maior índice regional foi registrado no Rio de Janeiro (1,14%), em razão da variação de 7,27% nas tarifas dos ônibus urbanos. Belém, onde os alimentos caíram 0,36%, teve o menor resultado (0,24%).