Rio, 10 (Agência Brasil - ABr) - O aproveitamento para comercialização das reservas de gás da Bolívia pela Petrobras e por outras empresas vai depender do mercado de termeletricidade no Brasil, afirmou hoje, na Firjan, o presidente da estatal, Francisco Gros,durante seminário da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP) e Gazeta Mercantil.
Hoje, o gás boliviano colocado no Brasil é competitivo para uso industrial e para uso veicular, mas não está sendo competitivo ainda para uso em termelétricas, o que constitui, conforme assegurou Gros, um desafio para todo mundo que tem gás na Bolívia. O presidente da Petrobras afirmou que se a questão não for equacionada não haverá consumo de gás para as usinas térmicas e, portanto, vai ter muito pouca exportação de gás boliviano para o Brasil. Assegurou, por outro lado, que o problema não afetou os compromissos assumidos pela estatal, que estão sendo inteiramente honrados. Em referência às térmicas nas quais a Petrobrás tem participação, Francisco Gros garantiu que "não estamos voltando atrás em nenhum compromisso assumido pela Petrobras".