Recife, 3 (Agência Brasil - ABr) - Os profissionais de transportes coletivos de Pernambuco estão de braços cruzados, desde a zero hora de hoje. Com mais de dois mil ônibus parados, estão sendo prejudicadas mais de 1,5 milhão de pessoas que dependem dos coletivos, na região Metropolitana do Recife.
Em mais uma reunião tarde/noite de ontem, na Delegacia Regional do Trabalho (DRT), donos de empresas de ônibus e rodoviários, não se entenderam. A reivindicação dos motoristas, cobradores e fiscais é de 18,45% de aumento no salário e R$ 100,00 de tíquete-refeição. Atualmente, um motorista ganha R$ 695,00; um cobrador, R$ 335,00; e um fiscal, R$ 440,00. Os patrões propuseram 5% de reajuste salarial e R$ 40,00 de tíquete-refeição.
A proposta irritou os rodoviários que, em rápida assembléia, optaram pela paralisação por tempo indeterminado. Para tentar minimizar a situação, a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) está solicitando a ajuda da Polícia Militar de Pernambuco, para garantir a segurança dos motoristas, cobradores e fiscais que queiram trabalhar, bem como a dos passageiros.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviários, Patrício Magalhães, informou que, apesar da greve, a categoria terá novo encontro marcado para hoje à tarde na DRT, com os empresários de transportes de passageiros.