Presidentes do Mercosul farão declaração sobre situação econômica mundial

03/07/2002 - 11h23

Brasília, 3 (Agência Brasil - ABr) - Os presidentes do Mercado Comum do Cone Sul (Mercosul), do Chile e da Bolívia - membros associados do bloco - deverão aprovar na sexta-feira (5), em
Buenos Aires, uma declaração conjunta com considerações sobre a conjuntura política e econômica mundiais, que têm dificultado a consolidação das economias dos países em desenvolvimento. Segundo o Itamaraty, marcarão posição ainda sobre as linhas que pautarão o processo de integração com os blocos econômicos do Hemisfério, da Europa e da Ásia nos próximos meses.

A discussão sobre os termos da declaração e dos acordo a serem firmados durante a Cúpula dos Chefes de Estado do Mercosul, Bolívia e Chile terá início amanhã na capital argentina, durante a 22ª Reunião Ordinária do Conselho do Mercosul, com os ministros da Fazenda e da Economia dos seis países.

Compõem a pauta da reunião a criação de um grupo encarregado de implementar medidas voltadas para a integração fronteiriça, acordos sobre dumping, subsídios e medidas compensatórias da Organização Mundial do Comércio (OMC), de cooperação em matéria de assistência jurisdicional e de segurança pública.

Os ministros também examinarão propostas de fortalecimento institucional, a modificação da Tarifa Externa Comum (TEC) para produtos agrícolas, além de regras e modelos de procedimento para os tribunais "ad hoc" do Mercosul.

Durante a cúpula, que terá a participação do presidente do México, Vicente Fox, poderá ser assinado um acordo de preferências tarifárias entre o Mercosul e aquele país, que vai envolver,
inicialmente, o setor automotivo e mais 800 itens de outros setores produtivos. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o acordo automotivo deve estabelecer tarifa de apenas 1% no primeiro ano e zero a partir do segundo ano de
vigência. A previsão é aumentar a quota, de 50 mil veículos para 140 mil, que poderão ser exportados pelo Brasil com imposto reduzido, subindo progressivamente até a liberalização do setor, em 2006.