Rio, 3 (Agência Brasil – ABr) – Os preços do comércio varejista da Região Metropolitana do Rio de Janeiro fecharam o primeiro semestre do ano com inflação acumulada de apenas 0,17%, segundo o Instituto Fecomércio do Rio de Janeiro. Em junho, a taxa fechou o mês com alta de 0,74%, depois de ter acusado resultados negativos consecutivos desde abril deste ano. A maior variação no ano ficou com Artigos para Limpeza e Reparos, com alta de 5,90%. Já o grupo Alimentação apresentou a maior queda, com deflação de 1,39%.
No resultado acumulado dos últimos doze meses, a alta nos preços do comércio varejista foi de 4,67%. Neste caso, a maior queda ficou com o grupo Vestuário: menos 4,24%. A maior variação positiva ficou também com Artigos para Limpeza e Reparos: 15,14%.
Para o levantamento mensal, o IPCV conta com a coleta de 37.840 preços, de 1.892 produtos, em 720 pontos comerciais da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo o Instituto Fecomércio-RJ, a alta de 0,74% no Índice de Preços do Comércio Varejista, em junho, significou uma alta de 2,25 pontos percentuais, em relação a maio, quando a taxa havia chegada a acusar uma deflação de 1,51%.
Dos seis grupos pesquisados, apenas Produtos Farmacêuticos e Artigos para Limpeza e Reparos computaram variações negativas de preços com, respectivamente, menos 1,17 e 1,0%. De acordo
com o diretor do Instituto Fecomércio-RJ, Luiz Roberto Cunha, a alta no grupo Alimentação foi o principal motivo de aceleração da taxa mensal. "O arroz, por exemplo, um dos principais produtos na mesa do brasileiro e que tem grande peso na composição do índice, após registrar queda em maio, voltou a apresentar alta de preço em junho", explicou Cunha.
O grupo Recreação e Higiene Pessoal, com alta de 4,66% no mês de junho, registrou a maior aceleração do período (8,32 pontos percentuais) em relação a maio, quando foi registrada taxa de –3,66%. Os maiores responsáveis pela alta foram Produtos para Unha (+13,96%), Brinquedos (9,01%) e Papel Higiênico (8,64%).
Artigos de Residência, com aumento de 1,69%, registrou aceleração de 3,53 pontos percentuais em relação ao mês anterior, quando a taxa foi de –1,84%. Com taxa de 0,44% em junho, contra
–2,01%, em maio, o grupo Alimentação computou aceleração de 2,45 pontos percentuais.
O grupo Vestuário, influenciado pela chegada do inverno em junho, acusou elevação de 1,11%, contra uma inflação negativa de 0,35%, em maio, uma aceleração de 1,46 ponto percentual.
Os dois únicos grupos a apresentarem deflação foram Produtos Farmacêuticos e Artigos para Limpeza e Reparos. No primeiro caso, a taxa negativa de 1,17%, significou acentuação de 1,10 ponto percentual em relação à deflação de maio: menos 0,27%. No segundo, a inflação negativa de menos 1% verificada em junho chegou a ser 2,51 pontos percentuais inferior à taxa positiva de 1,51%, de maio.