Rio, 3 (Agência Brasil - ABr) - O Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro inaugurou hoje a exposição Espanha do Século XVIII: O sonho da razão, que ficará em cartaz até o dia 25 de agosto. A mostra apresenta 300 peças de arte, vindas de 40 museus distintos, entre elas 13 obras do pintor espanhol Goya, retratando o universo da corte espanhola, com mobiliário, talheres, gravuras e roupas do século XVIII, o século das Luzes. Orçada em US$ 1 milhão, a mostra tem curadoria da historiadora Maria de Concepión García Sáiz, que a dividiu em quatro módulos.
Na primeira parte, dedicada a dinastia dos Bourbons, os visitantes poderão verificar retratos de reis, medalhas, armas e também um tapete com cerca de três metros de altura com o brasão da família.
Em "Razão para Ordem", o segundo módulo, serão exibidos projetos de palácios e jardins, como o Paseo Del Pardo, em Madri. Em outra seção, o museu exibirá quadros que relatam a vida fora dos palácios, como as touradas.
Na terceira parte estarão as oito gravuras do pintor espanhol Francisco de Goya, da série Caprichos, na qual retrata várias facetas da natureza humana. As demais obras do pintor estão distribuídos em outras áreas da mostra.
A cenografia da exposição ficou por conta de Daniela Thomas, que também preparou uma reprodução da sala dos Espelhos do palácio Aranjuez, em Madri. O local era usado para vestir reis e também para receber visitas mais íntimas.
A idéia de recompor a dinastia Bourbon, que dominou a Espanha no século XVIII, partiu do próprio rei Juan Carlos. A sugestão foi aceita por Frances Reynolds Marinho, presidente do Instituto Arte Viva, responsável pela organização e produção da exposição, que vai retratar um período efervescente e conflitante da história. O cenário mundial do século das Luzes é marcado por guerras, invenções, transformações nas artes, na política, na economia.
Para os que quiserem conhecer mais sobre o universo desta época estão previstas oito palestras, sempre às quintas-feiras, às 17h, a partir do dia 4. A primeira palestra será feita pela curadora Maria Concepción Garcia Sáiz. Os temas vão abordar a indumentária da época, a política e a economia, a arquitetura e paisagismo, a história da arte, a literatura espanhola e a arte de Goya. Além disso, serão exibidos quatro filmes, entre eles, A Missão, de Ronald Joffe, e Goya, de Carlos Saura. Os filmes serão exibidos às sextas-feiras, sábados e domingos, às 16h, com distribuição de senha uma hora antes. Para as palestras também serão distribuídas senhas com uma hora de antecedência. A sala tem capacidade para 170 pessoas.
Haverá ainda visitas guiadas para estudantes de escolas públicas e particulares com a coordenação do artista plástico Luis Pizarro. Este trabalho será feito por 40 monitores. As escolas devem agendar as visitas, que são gratuitas, com 15 dias de antecedência. A visita pretende ser interativa. Cada estudante irá receber uma cartela, onde irá anotar todas as sensações que teve em relação à exposição. Os professores poderão assistir duas palestras, toda segunda-feira, a partir das 14h30, sobre política e economia, além de história da arte. A expectativa é de que sejam recebidos 170 professores por palestra. O agendamento das visitas e das palestras poderá ser feito pelos seguintes telefones: 2292-8567/8571.