Brasília, 26 (Agência Brasil - ABr) - Os números de casos da dengue estão aumentando em todo o país, mesmo com a adoção de medidas pelos governos federal e estaduais para conter a doença, segundo a assessoria de imprensa da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Hoje, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro confirmou mais três mortes por dengue na capital, o que aumenta para vinte o número de óbitos em todo o estado. Agora, são 18.798 casos registrados, sendo 320 da forma hemorrágica. A doença também se alastra na cidade de Santos, que teve seu primeiro caso de dengue hemorrágica confirmado na noite de ontem. A Funasa, órgão executivo do Ministério da Saúde, deve emitir os números oficiais de casos da dengue em todo o país na próxima semana.
Técnicos da Funasa garantem que apenas com o envolvimento de toda a sociedade será possível combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. Para isso, o Ministério da Saúde vai lançar, no próximo dia 9, uma campanha publicitária para anunciar o Dia de Mobilização contra a Dengue. A intenção é informar os moradores com propagandas na TV e no rádio sobre como combater o mosquito.
Outra iniciativa que visa eliminar a dengue é a megaoperação contra o mosquito, que começa no dia 6 de março, no Rio de Janeiro. Cerca de sete mil pessoas (militares do Exército e da Marinha, agentes sanitários e bombeiros) vão ajudar na operação. A Secretaria de Saúde do Rio também começará, na próxima semana, a testar o uso de aviões agrícolas para pulverizar inseticidas contra o mosquito e a administrar cursos sobre a doença para toda a classe médica do estado, com o objetivo de aperfeiçoar conhecimentos e manter a troca de experiência entre os profissionais.
O governo federal entregou a 24 estados e ao Distrito Federal 2.082 veículos, no valor de R$ 33,39 milhões, que serão utilizados no combate à dengue nos 657 municípios priorizados no Plano de Intensificação das Ações de Combate à Dengue em 2002. Também estão sendo distribuídos 673 nebulizadores portáteis, 122 equipamentos de Ultra Baixo Volume (UBV ou fumacê) e 299 microscópios, totalizando cerca de R$ 40 milhões.
(Ana Paula Marra)
