Cracóvia, 26 (Agência Brasil - ABr) - O presidente Fernando Henrique esteve nesta terça-feira na cidade de Cracóvia, fronteira da Polônia com Iugoslávia, em seu último compromisso oficial na Polônia. O presidente seguiu direto do aeroporto de Cracóvia para a Universidade de Jagiellonski, a segunda mais antiga da Europa Central, onde recebeu a medalha comemorativa dos 600 anos da instituição.
No trajeto que fez a pé da Universidade de Cracóvia até o restaurante onde almoçou, Fernando Henrique percorreu algumas ruas da cidade e,na praça do mercado (centro turistíco de Cracóvia),conversou com os jornalistas. Fernando Henrique não quis comentar a decisão do FMI (Fundo Monetário Internacional) de não ajudar a Argentina, embora considere essa ajuda necessária.
Fernando Henrique explicou que ainda não entendeu a posição do FMI, mas imagina que os argentinos não queiram dinheiro, por enquanto, e sim um sinal de que serão ajudados, enquanto preparam seus programas. "Estou longe do Brasil e da Argentina, não tenho acompanhado, não sei qual foi a opinião última do FMI, mas as conversas que tivemos no Brasil nos levam a crer que o Fundo está disposto, no momento oportuno, a ajudar. E é isso que interessa, afirmou.
O presidente Fernando Henrique Cardoso voltou a falar sobre os subsídios dados pela União Européia aos agricultores europeus. Ele disse que o Brasil tem interresse em vender para a Europa, mas acha que no terceiro mercado é mais escandaloso haver subsídios, "porque estão dando subsídios para competir com o Brasil". Segundo Fernando Henrique, "não é nem sequer para evitar que entremos no mercado europeu. É para evitar que entremos nos terceiros mercados, e isso é inaceitável", concluiu