Rio de Janeiro, 26 (Agência Brasil - ABr) - O presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Paulo Costa Leite, defendeu hoje a identificação e punição dos responsáveis pela venda de carteiras falsas de juízes apreendidas pela Polícia Civil do Rio de Janeiro em salas do Primeiro Tribunal Arbitral da Justiça Ambiental do Brasil, no centro da cidade. Para o ministro, "essa é uma questão grave, que levará ao descrédito o Juízo Arbitral, o qual poderia se constituir numa importante solução alternativa para resolução de conflitos no País". O presidente do STJ fez estas declarações há pouco em entrevista, logo após conferência na Escola de Guerra Naval, no Rio.

"Essa questão está a exigir uma tomada de posição urgente e vejo nisso, inclusive, a prática de crime, porque está-se iludindo pessoas usando um documento que leva à falsidade ideológica", afirmou o ministro Costa Leite, referindo-se às notícias sobre as carteiras apreendidas, que eram vendidas por R$ 6 mil a pessoas que se faziam passar por juízes de direito. Ele lamentou as conseqüências dessa prática delituosa para o futuro da arbitragem no País.