Brasil tentará salvar mulher condenada à morte por apedrejamento

26/02/2002 - 17h59

Brasília, 26 (Agência Brasil - ABr) - O governo brasileiro estuda a possibilidade de oferecer asilo político à nigeriana Suflyatsu Huseini, de 35 anos, condenada à morte por apedrejamento por ter um filho fora do casamento. A nigeriana alega que foi estuprada mas, ainda assim, a Sharia, código penal fundamentalista islâmico vigente no país - considera a "infidelidade" da mulher um crime mais grave que o homicídio e, por isso, é quase certo que ela deverá ser morta. A sentença será aplicada assim que o bebê de Huseini, que já tem dez meses, deixar de precisar do leite materno. O drama da mãe africana sensibilizou o presidente Fernando Henrique Cardoso que, antes de viajar à Suécia, Polônia e Eslováquia, decidiu intervir junto ao governo nigeriano para evitar sua morte. O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Arthur Virgílio, também participa das negociações para evitar a morte de Suflyatsu Huseini.