Banco do Brasil registrou lucro de R$ 1,082 bilhão em 2001

26/02/2002 - 14h10

Brasília, 26 (Agência Brasil - ABr) - O Banco do Brasil registrou lucro de R$ 1,082 bilhão em 2001, resultado que supera em 11,1% o do ano anterior. No quarto trimestre de 2001, o banco obteve lucro de R$ 332 milhões. O lucro por lote de mil ações alcançou R$ 1,52 e o retorno sobre o patrimônio líquido médio foi de 12,9%. O presidente da instituição, Eduardo Guimarães, destacou que mais importante que o resultado do ano é o saldo positivo obtido no segundo semestre de 2001, de R$ 778 milhões, que segundo ele "reflete a realidade do banco" em decorrência do Programa de Fortalecimento dos Bancos Federais, implantado em junho do ano passado.

De acordo com Guimarães, o Banco do Brasil enfrenta, atualmente, um grande desafio para crescer "verticalmente". Como não pode comprar outros bancos, como ocorre no setor privado, ele diz que a estratégia para manter a liderança é crescer "de dentro para fora". Como exemplo, ele disse que isso pode ser feito elevando a base de clientes, com mais enfâse no atacado, visando as médias empresas. Nesse sentido, anunciou que ainda neste primeiro semestre serão abertas 55 agências direcionadas ao atendimento das empresas com faturamento entre R$ 10 milhões e R$ 100 milhões.

O banco fechou o ano de 2001 como o primeiro colocado em Ativos da América Latina, com R$ 165,1 bilhões, com crescimento de 19,3% sobre o ano anterior. Também, no mesmo período, ficou com o primeiro posto em administração de recursos de terceiros, com R$ 61,4 bilhões, correspondentes a 16,2% de participação no mercado e em captação de recursos, com volume de depósitos de R$ 73,4 bilhões, com aumento de 6,3% em relação a 2000. A instituição manteve ainda a liderança no varejo, com 12,9 milhões de clientes pessoa física, com aumento de 9,3% se comparado ao ano anterior; na Internet, com quatro milhões de clientes cadastrados; e no mercado de câmbio com participação de 19,5%.

As operações de crédito do banco, em 2001, apresentaram expansão de 12%, impulsionadas pelos incrementos de 36% no crédito direto ao consumidor, 44,4% nas operações de BB Giro Rápido e 58% no crédito baseado em recebíveis (desconto de duplicatas, por exemplo). A carteira comercial, com 908 mil contas correntes, teve um aumento de 4,2% sobre 2000, com o total de operações de R$ 11,9 bilhões, superior em 51% ao ano anterior.

Em 2001, o Banco do Brasil contratou US$ 11,8 bilhões em operações vinculadas à exportação, com elevação de 9,4%, em comparação com 2000. Desse total, cerca de US$ 5,7 bilhões corresponderam a negócios fechados por pequenas e médias empresas.

O risco das operações de crédito do banco caiu no ano passado. As operações classificadas nos riscos AA, A e B representavam 86,4% do total da carteira contra 81,7%, em 2000. As operações incluídas nos níveis E, F, G e H respondiam por 5,7% no final de 2001, em comparação a 7,2% no mesmo período do ano anterior.

Guimarães destacou ainda a redução de 0,9% nas despesas com pessoal em 2001, em relação a 2000. No ano passado, essas despesas ficaram em R$ 5,6 bilhões. Segundo ele, a queda reflete também a diminuição no fluxo de contribuição do banco para a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil - Previ, que representou uma economia de R$ 300 milhões por ano.

As despesas administrativas cresceram 7,7%, se comparadas a 2000. De acordo com o presidente do Banco do Brasil, a variação é decorrente do aumento da rede de dependências, ampliação e aperfeiçoamento tecnológico para atendimento aos clientes.