Governo Central tem em janeiro superávit primário de R$ 7,061 bilhões

25/02/2002 - 15h15

Brasília, 25 (Agência Brasil - ABr) - O Governo Central (Governo Federal, INSS e Banco Central) conseguiu, em janeiro, superávit primário (sem considerar despesas com juros) de R$ 7,061 bilhões (6,8% do Produto Interno Bruto - PIB). O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, destacou, ao divulgar, hoje, o desempenho das contas públicas, no mês, que esse resultado, é o melhor da série, apurada desde 1991. Em janeiro de 2001, as contas públicas foram superavitárias em R$ 5,628 bilhões.
No consolidado (que inclui estados, municípios e empresas estatais), o setor público apresentou, no mês, superávit de R$ 5,455 bilhões (5,28% do PIB). Esse superávit só não foi maior, em função de um acerto, feito em dezembro, com efeito em janeiro, entre o Tesouro Nacional e a Petrobras (relativo a conta petróleo), que resultou num déficit de R$ 2,508 bilhões (2,4% do PIB) na conta das empresas estatais. Em janeiro, os estados e municípios contribuíram com R$ 909 milhões (0,9% do PIB) para o superávit do setor público consolidado.
O superávit acumulado das contas públicas, nos últimos doze meses, encerrado em janeiro, atingiu R$ 43,482 bilhões (3,69% do PIB).
As despesas com juros, no mês, totalizaram R$ 8,101 bilhões contra R$ 8,335 bilhões em igual período do ano passado. O gasto do Governo Central com juros ficou em R$ 5,242 bilhões, enquanto os estados e municípios foram responsáveis por R$ 2,145 bilhões, e as empresas estatais por R$ 714 milhões.
As necessidades de financiamento, em janeiro, atingiram R$ 2,646 bilhões. No mesmo mês de 2001 essas necessidades chegaram a R$ 2,707 bilhões. Nos últimos doze meses, findos em janeiro, as necessidades de financiamento acumularam R$ 42,727 bilhões (3,58% do PIB).
A dívida líquida do setor público alcançou, em janeiro, R$ 685,286 bilhôes (55,2% do PIB), em comparação a R$ 660,867 bilhões (53,4% do PIB), em dezembro. Para Altamair Lopes, essa elevação deveu-se, principalmente, ao reconhecimento de dívidas (esqueletos) e à desvalorização cambial, de 4,22%, verificada no mês, que incidiu sobre o total da dívida externa e da dívida mobiliária interna atrelada ao dólar. Ele estima que ao final do ano, a relação dívida/PIB caia para 54%.