Brasília, 22 (Agência Brasil - ABr/CNN) - O ex-presidente do Paraguai Raúl Cubas, responsabilizado pelo assassinato de seu vice, Luís Argaña, há quase três anos, entregou-se hoje à Justiça de seu país. Cubas foi levado para a prisão na Primeira Divisão de Infantaria. As informações são da CNN.

Cubas, que vivia no Brasil como asilado político, cruzou a fronteira para o Paraguai há dois dias e, após descansar na casa de parentes, decidiu se apresentar às autoridades que o procuravam pela morte de Argaña e de sete manifestantes que, na época, protestavam contra o crime.

O irmão do ex-presidente, Luís Cubas, explicou a inesperada decisão dizendo que, agora, Raúl Cubas confia na Justiça.

"Agora as coisas estão mais claras e é possível garantir um julgamento adequado", disse Luís Cubas, acrescentando que o irmão insistirá em sua inocência.

O padrinho político de Cubas, o ex-general Lino Oviedo, também responsabilizado pelo assassinato de Argaña, ocorrido em 23 de março de 1999, permanece no Brasil, como refugiado.
Empossado em agosto de 1998, Cubas foi derrubado do poder cinco dias após a morte de Argaña, graças a uma manobra da oposição.

O presidente do Paraguai, Luís González Macchi, assegurou que Cubas terá um julgamento justo.