15/07/2010 - 13h48

Regras da União Europeia impedem crescimento das exportações de carne para o bloco

Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - A inclusão de mais fazendas na lista de propriedades que podem exportar carne para a União Europeia (UE) não deve causar alterações significativas no volume comercializado com o bloco, avalia o analista da consultoria Safras & Mercado, Paulo Molinari. Segundo ele, apesar de a comissão brasileira ter conseguido avançar nas negociações com os europeus, uma mudança substancial só ocorrerá se as regras da UE para importação forem flexibilizadas.

“Acredito que mais fazendas vão ser liberadas dentro da regra atual, mas uma flexibilização das regras não parece que vai ocorrer de forma imediata”, ponderou Molinari. Uma comissão liderada pelo Ministério da Agricultura esteve esta semana em Bruxelas, na Bélgica, negociando questões relacionadas à venda de produtos agropecuários para a UE. Em 2008, o bloco econômico embargou as importações de carne bovina brasileira por deficiências no sistema de rastreabilidade nacional. Segundo o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, houve sinalização por parte dos europeus de que a lista de propriedades que podem exportar carne para a UE, atualmente com cerca de 2 mil fazendas, será ampliada.

Para o presidente da Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vaccari, o atual sistema de rastreamento do rebanho brasileiro enfrenta muitos entraves burocráticos e, por isso, apenas um número muito reduzido de produtores está apto a exportar para os europeus. Segundo ele, das mais de 110 mil fazendas de criação de gado no estado, apenas 434 estão incluídas na lista da UE. Mato Grosso é apontado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) como o maior produtor de carne bovina do país.

Sem mudanças nas regras, Vaccari considera que não há “nenhuma condição” para ampliar os níveis de exportação para a União Europeia. Com as restrições, as vendas para os países do bloco despencaram. A Itália, por exemplo, chegou a comprar 72,6 mil toneladas de carne em 2007. No ano passado, entretanto, as vendas caíram para 24,9 mil toneladas. Mesmo que ocorram alterações consideráveis nas restrições impostas pela UE, Vaccari acredita que parte dos produtores poderá optar por manter as vendas para outros destinos. “O sujeito teve tanta dor de cabeça [com as exigências europeias para o rastreamento do gado] que hoje tem muita gente que não quer mais ouvir falar de Sisbov [Serviço Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos]”.

Paulo Molinari pondera, no entanto, que os altos valores pagos pelo mercado europeu são um forte fator de atração para os produtores. “O mercado europeu é de alto valor agregado para carne importada e os outros mercados têm valores menores para carne bovina. Então, todos desejam o mercado europeu devido ao valor agregado”.

Atualmente, as exportações brasileiras de carne têm se concentrado em países como Rússia, Irã e Egito. No primeiro semestre deste ano, dos US$ 1,84 bilhão que entraram no país com a venda de 715,7 mil toneladas do produto in natura, US$ 455 milhões foram pagos pelos russo, US$ 367 milhões pelos iranianos e US$ 162 milhões pelos egípcios.

Edição: Vinicius Doria
 

15/07/2010 - 13h21

Vendas do Brasil para países árabes crescem mais de 16% no primeiro semestre

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - As vendas do Brasil para os países árabes fecharam o primeiro semestre em alta de 16,12%, com receita de US$ 5 bilhões, ante US$ 4,3 bilhões exportados em igual período de 2009. Esse desempenho mostra uma expressiva evolução dos negócios, com ritmo de crescimento acima dos 4% verificados na comparação dos primeiros semestres de 2009 e 2008.

De acordo com os dados divulgados hoje (15) pela Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, os destaques continuam sendo o açúcar e as carnes, que representam 84% das vendas externas do agronegócio brasileiro para os países árabes, somando US$ 2,9 bilhões. Só o Irã importa 20% de toda a carne produzida no Brasil.

De janeiro a junho também houve forte crescimento das importações brasileiras, que passaram US$ 2,04 bilhões para US$ 3,3 bilhões, um aumento de 62% ante a queda de 61% do primeiro semestre de 2009 sobre 2008. Naquele período, o declínio foi motivado pela queda da cotação do barril de petróleo.

Edição: Vinicius Doria

15/07/2010 - 13h11

Equipe de Marina considera desafio contornar desigualdade no tempo de programa eleitoral

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Longe de encarar como “um problema” a desigualdade de tempo que tem nos programas eleitorais gratuitos em relação aos dois principais candidatos à Presidência José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), a equipe de comunicação de Marina Silva, do Partido Verde (PV), considera um “desafio” contornar tal disparidade.

Os responsáveis pela elaboração dos programas buscam soluções originais que deverão fugir do perfil tradicional apresentado durante o horário eleitoral gratuito, disse à Agência Brasil o publicitário Paulo de Tarso, um dos coordenadores da equipe de comunicação de Marina. Até por estratégia de campanha, Tarso evitou detalhar como serão os programas, mas garantiu que, com um minuto e 24 segundos de tempo de exposição, terão que trabalhar com instrumentos de comunicação direta, como peças publicitárias.

“No Brasil, nós publicitários trabalhamos com tempos de 15 segundos, 30 segundos e um minuto. Com um minuto e 24 segundos, nossa vocação será necessariamente utilizar textos enxutos e diretos. Não vamos ter coisas tradicionais como povo fala, não temos tempo para revista política”, afirmou Paulo de Tarso.

O coordenador de comunicação ressaltou que a equipe busca soluções originais e já tem “instrumentos de competição” capazes de contornar esta desigualdade perante Serra e Dilma Rousseff. O primeiro programa dos candidatos à Presidência irá ao ar em 16 de agosto.

Nessas duas primeiras semana de campanha, Marina também tem reservado horário para entrevistas a emissoras de rádio de vários estados, para visitação de redações e para participar de sabatinas de jornalistas. Hoje (15), por exemplo, ela conversa com repórteres de uma agência de notícia e de uma rede de TV, em São Paulo. Além disso, as redes de relacionamento na internet serão bem exploradas, segundo o publicitário.

Por e-mail, o cineasta Fernando Meirelles conversou com a Agência Brasil sobre a campanha de Marina Silva. No primeiro semestre, ele foi responsável pela concepção de duas inserções, na televisão, da candidata do PV, segundo Paulo de Tarso. Na campanha, ele estará fora da equipe por conta de compromissos particulares no exterior.

Mesmo assim, Tarso considera que uma vez encerradas as gravações de um longa metragem que Meirelles faz em Londres, ele poderá “dar uma olhada” nos programas. “O Fernando tem nos ajudado e vai continuar ajudando”, disse.

O cineasta destacou que, pela experiência que tem como publicitário, o pouco tempo de exposição da candidata do PV “não significa que vá maquiar os fatos ou tentar vender a imagem construída artificialmente”.

“A única coisa em comum entre filmes publicitários é que devem ser muito diretos, passar a mensagem em pouco tempo e, nesse sentido, o programa da Marina de fato terá algo de publicidade, pois ela tem um minuto apenas para dar o recado”, disse Fernando Meirelles.

Ele ressaltou que, até por questões pessoais da Marina Silva, os responsáveis pela elaboração dos programas enfrentariam dificuldades para passar uma imagem que não condiz com o pensamento da candidata. “A Marina não aceita usar roupas que não pode comprar, jamais toparia passar por um banho de loja. Acho que de produto e embalagem ela não tem nada”.

Apesar de destacar que está fora do comando de comunicação da candidata do PV, Meirelles deu uma dica de como a sua imagem poderá ser explorada nos programas eleitorais gratuitos: “A Marina é o que há de novo. Para mim, o governo Lula é o fechamento de um período desenvolvimentista que começou com Getúlio Vargas e agora chega ao fim. É hora de racionalizar, combater desperdício, aproveitar recursos de forma racional, reorganizar”.

Edição: Talita Cavalcante

15/07/2010 - 13h06

Geração de empregos passa por acomodação, apesar do recorde histórico no semestre

Pedro Peduzzi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Os números sobre novos postos de trabalho em junho deste ano, menores do que os registrados em maio de 2010 e em junho do ano passado, não significam, para o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, uma desaceleração, mas sim, acomodação do mercado. A afirmação foi feita durante a divulgação dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de junho.

A abertura de 212.952 mil empregos com carteira assinada em junho, de acordo com o Caged, representa o segundo melhor resultado da série histórica para o mês, abaixo apenas do registrado em junho de 2008, quando foram criadas mais de 309 mil vagas. Em maio deste ano, foram registradas 298 mil novas vagas. Se for considerado o primeiro semestre de 2010, a abertura de 1,473 milhão de vagas representa recorde histórico, batendo a marca anterior registrada no primeiro semestre de 2008, quando foram criadas 1,36 milhão de vagas.

“Não se trata de desaceleração. É apenas uma acomodação, após uma série de recordes históricos”, disse o ministro. Segundo ele, os setores que mais influenciaram essa acomodação no mês de junho foram construção civil , indústria e serviços, que cresceram em ritmo menor do que o registrado nos meses anteriores. Ele acrescentou que “houve uma diminuição nas contratações na área de educação, em função do efeito das férias”.

Lupi informou que dos oito setores pesquisados, seis apresentaram geração recorde de emprego no semestre. Foram 490 mil novos postos no setor de serviços (crescimento de 3,72% em relação ao primeiro semestre de 2009); 394 mil na indústria da transformação (+ 5,31%); 230 mil na construção civil (+10,16%), enquanto o comércio abriu 144 mil postos de trabalho (+1,95%). O setor agrícola foi o que apresentou a maior taxa de crescimento para o período (11,98%), gerando 175 mil postos.

“Na média, o saldo é muito positivo e, pela lógica, voltará a crescer em julho. Não posso afirmar ainda, mas acredito que [a geração de empregos] voltará a ser recorde por causa da educação e da exportação de carne e soja. O segundo semestre certamente será bom e melhor do que o de 2009, com uma geração acima de 1 milhão de empregos”, previu Lupi. “Vamos atingir a meta de criar 2,5 milhões de empregos em 2010, e 15 milhões de empregos ao longo dos dois mandatos do presidente Lula”, garantiu. Desde o início do primeiro governo Lula foram criados 13,226 milhões de empregos no país.

Edição: Vinicius Doria

15/07/2010 - 12h51

Lula defende votação este ano do projeto sobre partilha na exploração do pré-sal

Vitor Abdala
Enviado Especial

Vitória - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu hoje (15), em entrevista à Rádio Litoral FM, de Vitória, que o projeto de lei que institui o regime de partilha na exploração de petróleo no Brasil seja votado ainda neste ano. Além de substituir o atual regime de concessão pelo de partilha (em que a União recebe parte da produção), o projeto prevê a criação de um Fundo Social para financiar projetos de educação, meio ambiente, ciência e tecnologia e combate à pobreza.

Quando tramitou na Câmara e no Senado, o projeto recebeu emendas do deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) e do senador Pedro Simon (PMDB-RS), que preveem mudanças também nas regras de distribuição dos royalties do petróleo. Segundo as emendas, eles deverão ser repartidos entre todos os estados e municípios brasileiros e não apenas entre os produtores.

A aprovação das emendas gerou críticas dos produtores, como os estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. Os governadores fluminense, Sérgio Cabral, e capixaba, Paulo Hartung, defendem que Lula vete a emenda, caso ela passe pela última votação, na Câmara dos Deputados.

“Essa foi uma discussão [a redistribuição dos royalties] que nasceu enviesada e fora de hora. Nós tínhamos construído um acordo em que a gente reconhecia o direito dos estados produtores de ter um quinhão a mais e o direito também de todo o restante do Brasil de ter um pedaço do petróleo. Eu achava que essa história dos royalties a gente não deveria discutir em ano eleitoral. Porque aí começam a querer ganhar voto do prefeito, a prometer dinheiro fácil para o prefeito, para não sei quem”, disse Lula.

Sem dizer se vai vetar essas emendas, Lula defendeu que o projeto que institui a partilha seja votado neste ano porque “ é a coisa mais importante”. Segundo o presidente, “temos que aproveitar esse petróleo para fazer de cada barril a possibilidade de construir uma oportunidade para o povo brasileiro”.

Na entrevista à rádio capixaba, Lula também criticou o que chamou de “incompetência dos Estados Unidos” por ainda não terem conseguido parar o vazamento de óleo de um poço no Golfo do México, que já dura dois meses.

O presidente também aproveitou para responder às críticas sobre sua visita à Guiné Equatorial, país governado pelo presidente Obiang Nguema, que chegou ao poder por meio de um golpe de Estado há 30 anos.

“A imprensa brasileira diz 'o Lula vai lá visitar um ditador'. Os Estados Unidos estão lá explorando petróleo e ninguém nunca falou sobre os Estados Unidos estarem explorando petróleo num país que tem um ditador”, disse. “Nós fomos lá porque tem perspectivas de investimento para empresas brasileiras”, disse Lula.

O presidente participa em Vitória da cerimônia de início da primeira produção comercial de petróleo de um bloco do pré-sal, no Campo de Baleia Franca, na Bacia de Campos, localizado a 80 quilômetros da costa capixaba.

Edição: Juliana Andrade

15/07/2010 - 12h38

Supermercados abriram 18 mil vagas de trabalho no estado de São Paulo em 2009

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - Os supermercados paulistas abriram, no ano passado, 18 mil postos de trabalho, sendo 5 mil só na capital do estado. A geração de empregos se concentrou nas empresas menores, com até quatro empregados, totalizando 8 mil novos postos de trabalho. Os dados constam da pesquisa sobre o perfil dos trabalhadores do setor supermercadista, divulgada hoje (15) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e pelo Sindicato dos Comerciários de São Paulo.

Segundo o Dieese, a remuneração média dos trabalhadores em supermercados na cidade de São Paulo em 2009 foi de R$ 1.093,82, enquanto a média no estado ficou em R$ 993,63.

Edição: Vinicius Doria

15/07/2010 - 12h28

Inmetro abre consulta pública sobre qualidade dos capacetes usados por motociclistas

Lourenço Canuto
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Foi aberta hoje (15/7) a consulta pública sobre as condições de conformidade de capacetes usados por condutores e passageiros de motocicletas e similares. O Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) vai receber, pelos próximos 30 dias, críticas e sugestões para a proposta de regulamentação do tema.

A última medida tomada pelo órgão e referendada pelo Conselho Nacional de Transito (Contran), em 2007, obrigou motociclistas a usar capacetes com faixas refletivas. Num primeiro momento foi decidido que os capacetes deveriam ser novos. Depois, a norma foi alterada para permitir que os adesivos pudessem ser colados nos equipamentos usados, desde que o capacete tenha o selo de certificação do Inmetro.

As contribuições para a consulta pública devem ser encaminhadas diretamente ao Inmetro, que funciona no bairro do Rio Comprido, na zona norte do Rio de Janeiro, ou por e-mail para o endereço dipac.consultapublica@inmetro.gov.br.

Edição: Vinicius Doria

15/07/2010 - 12h16

Light deve esclarecimentos à Aneel por nova explosão de bueiro no Rio

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deu prazo até as 17h de hoje (15) para a Light entregar um relatório explicando a causa da explosão de um bueiro na tarde de ontem (14) em Ipanema, zona sul do Rio de Janeiro. Caso a concessionária não preste os esclarecimentos estará sujeita a multas que podem chegar a 2% do faturamento anual da empresa. Em nota, a Aneel destaca que uma fiscalização feita em novembro de 2009 constatou falhas de manutenção e de operação nas redes subterrâneas da Light na zona sul e no centro do Rio. O processo resultou em multa de R$ 9,5 milhões pelas interrupções de energia entre os meses de novembro de 2009 e janeiro de 2010.

Ainda segundo a Aneel, a Light apresentou em janeiro um cronograma que prevê o reforço e a substituição de equipamentos em áreas escolhidas pela empresa. Na última segunda-feira (12), outro relatório foi apresentado sobre o que está sendo feito nas redes subterrâneas de responsabilidade da Light. O comunicado diz que a Aneel fará o acompanhamento do cronograma e que, em relação ao incidente de ontem, aguarda o laudo da Polícia Civil do Rio para fazer a fiscalização no local.

Também por meio de nota, a Light informou que foram concluídos, na madrugada de hoje (15), os trabalhos de manutenção na caixa de passagem de cabos de energia na Rua Visconde de Pirajá, em Ipanema, onde ocorreu a explosão. Ainda de acordo com a concessionária, “houve a necessidade de troca de um dispositivo do cabo de baixa tensão. O equipamento retirado está sendo analisado para diagnosticar as causas da ocorrência”.

Não houve registro de interrupção no fornecimento de energia na região, apesar de, segundo testemunhas, a tampa do bueiro ter sido arremessada a uma altura de aproximadamente 1 metro, assustando pedestres e motoristas. Ninguém ficou ferido.

Foi a segunda vez em menos de um mês que um bueiro da Light explode na zona sul do Rio. No dia 29 de junho, um casal de turistas norte-americanos foi atingido pela explosão de um bueiro em Copacabana, também na zona sul do Rio. As vítimas, em estado grave, estão sendo tratadas na Unidade de Queimados da Clínica São Vicente. Sarah Nicole teve 80% do corpo queimados e o marido dela, David James, permanece internado com queimaduras em 30% do corpo.

Edição: Vinicius Doria

15/07/2010 - 12h13

Agentes da Defesa Civil se reúnem para aperfeiçoar ações em casos de desastre

Da Agência Brasil

Brasília - Instrutores da Defesa Civil se reúnem esta semana para discutir melhorias nos cursos oferecidos aos agentes da Defesa Civil. A finalidade da Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec) é aperfeiçoar as ações do órgão em casos de desastre, como enchentes e deslizamentos.

De acordo com a diretora do Departamento de Minimização de Desastres, Daniela Lopes, foram feitas consultas com coordenadores da Defesa Civil de todo o Brasil que apontaram onde poderiam melhorar e, de acordo com a realidade de cada estado, melhorar a interação entre as redes institucionais.

“Após definirmos os cursos teremos o Programa de Formação Continuada do Sistema Nacional de Defesa Civil para fazer o acompanhamento em cada estado do andamento dos cursos e dos resultados apresentados”, disse.

Participam do debate 28 facilitadores que vão discutir parâmetros para formulação de cursos oferecidos aos seus agentes de acordo com as necessidades de cada estado.A previsão é que em agosto os instrutores possam ter os cursos e os novos conteúdos adotados juntamente com o material didático revisados e definidos em todo o Brasil.

O encontro vai até sexta feira (16) na Organização Pan-Americana de Saúde, no setor de Embaixadas Norte.

Edição: Talita Cavalcante

15/07/2010 - 12h03

Lewandowski demora 20 minutos para registrar pedido de voto em trânsito no primeiro dia de prazo

Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski, comunicou hoje (15) à Justiça Eleitoral que vai votar em trânsito nas eleições deste ano. O pedido demorou cerca de 20 minutos para ser registrado, por conta de uma queda no sistema eletrônico da 18ª Zona Eleitoral de Brasília.

“Um pouco antes de eu chegar, o sistema estava no ar e caiu por alguns minutos, mas isso não deverá ocorrer mais. Foi um procedimento rapidíssimo, não levou mais de um minuto. Imaginamos que não haverá grandes filas”, disse. O domicílio eleitoral do ministro é a cidade de São Paulo, mas ele comunicou que, este ano, vai votar em Brasília.

Esta é a primeira vez que os eleitores brasileiros que não vão estar em seu domicílio eleitoral no dia do primeiro e do segundo turno podem pedir a transferência temporária do título. Apesar de as eleições deste ano serem gerais, o eleitor em trânsito só poderá votar para presidente e vice-presidente da República.

O pedido de transferência temporária pode ser feito até o dia 15 de agosto em qualquer cartório. No dia 5 de setembro, os eleitores poderão consultar o site da Justiça Eleitoral e verificar a conclusão do processo. Para Lewandowski, a mudança é importante, uma vez que representa maior conforto para a população. “Por enquanto, apenas para presidente e vice. Futuramente, vamos evoluir, no sentido de incluir outros candidatos”, afirmou.

O ministro lembrou que o eleitor em trânsito não precisa justificar a falta do voto para governador, senador e deputados, uma vez que já comunicou à Justiça Eleitoral que não estará em seu domicílio original durante as eleições.

Os eleitores em trânsito vão votar em urnas separadas das demais. Não há limite de pedidos de transferência temporária do título. Porém, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informa que é preciso um mínimo de 50 eleitores cadastrados para que as urnas específicas de voto em trânsito sejam instaladas. O local de votação desses eleitores será divulgado no site do TSE ou dos tribunais regionais eleitorais no dia 5 de setembro.

Caso não haja registro de pelo menos 50 eleitores interessados em transferir o título temporariamente para determinada localidade, o pedido será cancelado e os eleitores terão de justificar a falta do voto ou votar em sua seção eleitoral de origem.

Edição: Talita Cavalcante

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