23/07/2002 - 20h24

Fernando Henrique defenderá aprofundamento das relações do IIRSA

Guayaquil (Equador), 23 (Agência Brasil - ABr) - O presidente Fernando Henrique Cardoso participa, nos dias 26 e 27, da II Reunião dos Presidentes da América do Sul. No encontro, que reunirá os chefes de estado dos doze países do continente, Fernando Henrique irá defender o aprofundamento das relações da Iniciativa para Integração da Infra-Estrutura Regional Sul-Americana (IIRSA) por meio de novos impulsos políticos e financeiros. O objetivo deste aprofundamento é viabilizar em médio e longo prazo a conclusão de projetos de integração continental, com ênfase no intercâmbio energético, e nos setores de comunicações e de transporte.

Os projetos são desenvolvidos a partir de eixos de desenvolvimento que serão implementados no decorrer dos anos. No total, são nove os eixos que compõem os planos de integração da IIRSA: o Interoceânico (Brasil-Bolívia-Paraguai-Chile-Peru); Mercosul-Chile; Andino; Peru-Bolívia-Brasil; Venezuela-Brasil-Guiana-Suriname; Multimodal do Amazonas; Multimodal Orinoco-Amazonas-Prata e dois outros que têm como base cidades estratégicas do continente. Segundo o Ministério das Relações Exteriores (MRE), somente nos eixos Mercosul-Chile e Interoceânico já foram identificados 123 projetos no valor de US$ 40 bilhões.

Para dar forma à proposta, os presidentes também devem conclamar os organismos internacionais presentes à reunião para que determinem como prioridade os projetos de integração da infra-estrutura regional. Com isso, seria mais fácil o incremento das relações entre os países, o que teria por conseqüência a redução das desigualdades sociais. Neste sentido, os líderes ainda devem destacar a importância da revisão das condições e termos de assistência financeira hoje em vigor para acelerar o processo.

Além da integração da infra-estrutura dos países sul-americanos, a reunião servirá também para discutir o fortalecimento das relações comerciais entre os países do continente. Neste setor, o responsável pelas negociações já em andamento e novas propostas que podem ser levantadas no encontro será o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Sérgio Amaral.

O acordo de livre comércio entre os países do Mercosul e da Comunidade Andina estará na pauta de discussões. No entanto, a decisão final sobre o acordo não deve sair neste encontro já que o próprio ministro brasileiro avaliou, no início desta semana, que os termos finais acordo só devem estar fechados no final deste ano.

O objetivo do Brasil com esta negociação não é somente o aumento das exportações, mas sobretudo o incremento comercial da região por meio de novos mecanismos de crédito e linhas de financiamento semelhante ao do Convênio de Crédito Recíproco (CCR). A estratégia é uma forma de diversificar o comércio do Brasil com o mercado internacional, já que hoje não existem perspectivas otimistas, no curto prazo, em relação às negociações brasileiras na Organização Mundial do Comércio (OMC), ou com a União Européia (UE) e a Área de Livre Comércio das Américas (Alca).

No sábado (27), os doze presidentes sul-americanos vão assinar um documento com as principais conclusões e avanços obtidos nesta cúpula. Entre os pontos que foram mantidos desde a primeira reunião, realizada em Brasília em setembro de 2000, está o compromisso de todos os mandatários no combate ao narcotráfico e ao terrorismo na região.

Em relação ao tráfico de drogas, entretanto, está totalmente descartada a possibilidade de formação de um exército multinacional que atuaria diretamente no território colombiano em confronto com a guerrilha daquele país. Segundo o diretor do Departamento das Américas no Itamaraty, Antonino Mena Gonçalves, não há a menor chance do Brasil ceder tropas das Forças Armadas para tal exército. O que seria possível acontecer é a intermediação do Brasil num processo de paz na região, mas mesmo isso só seria negociado caso o novo governo do presidente eleito, Álvaro Uribe, tomasse a iniciativa.

23/07/2002 - 20h23

Itamaraty descarta uso de tropas no combate ao narcotráfico

Guayaquil (Equador), 23 (Agência Brasil - Abr) - O diretor do Departamento das Américas no Itamaraty, Antônino Mena Gonçalves, desmentiu hoje a possibilidade de o Brasil ceder tropas das Forças Armadas para a criação de um exército multinacional de combate ao narcotráfico na Colômbia.

Segundo o embaixador, caso o Brasil fosse chamado pelo novo governo do presidente eleito Álvaro Uribe a participar abertamente das negociações pela paz na região, seria possível que o país intermediasse o processo, mas o uso do efetivo brasileiro ou mesmo do território nacional para treinamento e confronto com os narcotraficantes colombianos está descartado.

Gonçalves está em Guayaquil como representante do governo brasileiro na elaboração do documento final da II Reunião de Presidentes da América do Sul. No texto referendado pelos doze chefes de estado do continente, será reforçado o combate ao narcotráfico em solo sul-americano, bem como o combate ao terrorismo, já que este será o primeiro encontro regional desde os ataques aos Estados Unidos em 11 de setembro de 2001.

23/07/2002 - 20h22

Equador: presidentes vão discutir conclusão de acordos comerciais

Guayaquil (Equador), 23 (Agência Brasil - ABr) - A conclusão de novos acordos comerciais entre os países sul-americanos também será tema de discussão na II Reunião de Presidentes da América do Sul, que será realizada, nesta cidade, nos próximos dias 26 e 27. Além do presidente Fernando Henrique Cardoso, que deve discutir o aprofundamento comercial no continente com os demais chefes de estado presentes à cúpula, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Sérgio Amaral, deve tratar de negociações que já estão em andamento e de novas propostas. Um dos temas é a conclusão do acordo que prevê o livre comércio entre os países do Mercosul e da Comunidade Andina. No entanto, a decisão final sobre o acordo não deve ser definida ao final da reunião já que o próprio Amaral avaliou, no início desta semana, que o acordo só deve ficar pronto no final deste ano.

O objetivo do Brasil com esta negociação não é somente o aumento das exportações, mas sobretudo o incremento comercial da região por meio de novos mecanismos de crédito e linhas de financiamento semelhante ao do Convênio de Crédito Recíproco (CCR). A estratégia é uma forma de diversificar o comércio do Brasil com o mercado internacional, já que hoje não existem perspectivas otimistas, no curto prazo, em relação às negociações brasileiras na Organização Mundial do Comércio (OMC), ou com a União Européia (UE) e a Área de Livre Comércio das Américas (Alca).

23/07/2002 - 20h22

Programa brasileiro de hipertensão e diabetes é melhor do mundo, diz Opas

Brasília, 23 (Agência Brasil - ABr) - O representante da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) no país, Jacobo Finkelman, disse hoje que o Brasil tem o melhor programa de prevenção de hipertensão e diabetes do mundo. "É uma experiência maravilhosa. Não conheço país no mundo que tenha um programa como o do Brasil", declarou, durante encerramento do seminário A Estratégia de Cooperação Técnica OMS/Opas no Brasil para Prevenção e Controle das Doenças não Transmissíveis, em Brasília. Entre as doenças não transmissíveis (DNTs), estão a hipertensão, diabetes e câncer.

O seminário serviu também para a divulgação de um relatório informando que, em todo o mundo, apenas 30% dos ministérios da Saúde, incluindo o do Brasil, destinam verbas para redução da incidência e da mortalidade por DNTs. As ações de prevenção no Brasil se resumem a campanhas educativas, em que a população é orientada a adotar hábitos saudáveis (não fumar, ingerir alimentos leves e fazer exercícios físicos), e à realização de campanhas de diagnóstico, uma vez que a detecção precoce aumenta a eficácia do tratamento da doença.
IDM

23/07/2002 - 20h22

FHC participará de encontro sobre integração da América do Sul

Guayaquil (Equador), 23 (Agência Brasil - ABr) - O presidente Fernando Henrique Cardoso participa, nos dias 26 e 27, da II Reunião dos Presidentes da América do Sul. No encontro, que reunirá os chefes de estado dos doze países do continente, Fernando Henrique irá defender o aprofundamento das relações da Iniciativa para Integração da Infra-Estrutura Regional Sul-Americana (IIRSA) por meio de novos impulsos políticos e financeiros. O objetivo deste aprofundamento é viabilizar em médio e longo prazo a conclusão de projetos de integração continental, com ênfase no intercâmbio energético, e nos setores de comunicações e de transporte.

Os demais presidentes também devem conclamar os organismos internacionais presentes à reunião para que considerem prioritários os projetos de integração da infra-estrutura regional. Esta seria uma forma de incrementar o desenvolvimento e reduzir as desigualdades sociais nos países, bem como a revisão das condições e termos de assistência financeira hoje vigentes. Entre as autoridades brasileiras que também participam da cúpula estão o vice-presidente, Marco Maciel, e os ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Sérgio Amaral e das Relações Exteriores, Celso Lafer.

23/07/2002 - 20h19

Presidente inaugura o Sistema de Vigilância da Amazônia

Manaus, 23 (Agência Brasil - ABr) - O Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam) e o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) serão inaugurados na próxima quinta-feira, com a presença do presidente Fernando Henrique e do ministro da Defesa, Geraldo Quintão. O projeto ocupa uma área de 300 mil metros quadrados, com 50 mil metros construídos em Manaus.

Mais de US$ 1,4 bilhão foram investidos na implantação do sistema. Os radares e sensores do Sivam produzirão grande quantidade de dados meteorológicos, hidrológicos, geofísicos, biológicos e sociais que serão colocados à disposição de quem tem interesses ligítimos na Amazônia. Isso ocorrerá junto com o Sipam, espécie de braço civil do Sivam. O sistema tem grande alcance e poderá monitorar, inclusive, uma parte da Amazônia que não pertence ao Brasil, como territórios da Bolívia, Colômbia e Peru.

23/07/2002 - 20h15

Amaral kritisiert Landwirtschaftsschutz der USA im Treffen des IWF

Brasilia, 24. (Agencia Brasil - ABr) - Der Minister fuer Entwicklung, Industrie und Aussenhandel, Sergio Amaral kritisierte gestern (23.), die Schutzzolle der USA bei der Landwirtschaft, waehrend dem Treffen mit der 1. Vizedirektorin des IWF Anne Krueger. Sie kritisierte die Sondertarife von 63% fuer die Orangensaefte, auch bei den 50%igen Zoellen des brasilianischen Alkohols, die hoeher wie die der Importquoten sind, und die Stahlsperreen der USA.

Amaral zeigte auch Daten, die die Konkurrenzfaehigkeit der brasilianischen Landwirtschaft aufzeugt, Laut dem hiesigen Ministerium, kostet die Tonne Soja Brasiliens, US$ 142,52, wahrend die amerikanischen Produktionskosten bei US$ 227 sind. Was die Produktionskosten fuer das Kilo des Haehnchens US$ 0,49 in Brasilen ist, liegt sie in den USA bei US$1,34. (AB)

23/07/2002 - 20h15

Amaral criticizes US farm protectionism in meeting with IMF director

Brasília, 24 (Agência Brasil – ABr) – Minister of Development, Industry and Foreign Trade, Sérgio Amaral, told the first vice managing director of the International Monetary Fund, Anne Krueger, that Brazil faces extra tariffs of 63% on Brazilian orange juice and up to 50% on ethyl alcohol beyond quotas, besides restrictions on steel imports. Amaral showed Ms Krueger studies demonstrating that Brazil makes a ton of laminated steel for US$310, while it costs US$430 in the US, and is more competitive in soybeans and poultry, as well. (AB)

23/07/2002 - 20h15

Amaral critica proteccionismo agrícola de los EE.UU. en encuentro con representantes del FMI

Brasilia, 24 (Agencia Brasil - ABr) - El ministro de Desarrollo, Industria y Comercio Exterior, Sérgio Amaral, criticó ayer (23) el proteccionismo de los Estados Unidos en relación a la Agricultura, durante reunión con la primera vicedirectora del Fondo Monetario Internacional (FMI), Anne Krueger. Él criticó las tarifas extras del 63% aplicadas al jugo de naranja, las tasas de hasta el 50% aplicadas a las exportaciones brasileñas de alcohol etílico que sobrepasan las cuotas de importación establecidas y las barreras de acero.

Amaral también mostró datos que comprueban la competitividad del sector agrícola brasileño ante los EE.UU. Según el Ministerio, la producción de la tonelada de la soja brasileña cuesta US$ 142,52, mientras el coste de la producción en los EE.UU. llega a US$ 227. En relación al coste de producción del kilo de pollo, él es de US$ 0,49 en Brasil y de US$ 1,34 en los EE.UU.

En relación al acero, los gastos medios para la producción de la tonelada de laminados en frío llegan a US$ 310 en Brasil y US$ 430 en los EE.UU. (AKR)

23/07/2002 - 19h59

Governo assina empréstimos de R$ 858 milhões com o Bird

Brasília, 23 (Agência Brasil - ABr) - O governo brasileiro e o Banco Mundial assinaram hoje dois empréstimos no valor total de US$ 858,59 milhões. O primeiro empréstimo, de US$ 404,04 milhões está relacionado a reformas já realizadas pelo Brasil na área financeira e mercado de capitais e o segundo, no valor de US$ 454,55 milhões, diz respeito a reformas no setor energéticos. Como os dois empréstimos são referentes a projetos já implementados, os recursos passarão a integrar as reservas internacionais brasileiras.

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