Brasília, 20/11/2002 (Agência Brasil - ABr/CNN) - O chefe da comissão de inspetores de armas das Nações Unidas, Hans Blix, revelou hoje que as autoridades do Iraque prometeram total cooperação com os técnicos que reiniciarão, na próxima semana, as buscas a armamentos de destruição em massa no país. Blix e o diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), Mohamed el-Baradei, retornaram hoje ao Chipre, país que servirá como base de apoio logístico para os inspetores da ONU.retornou hoje ao Chipre. As informações são da CNN.

Blix classificou sua visita de três dias a Bagdá como "construtiva". Nesse período, Blix e el-Baradei discutiram detalhes operacionais das inspeções com representantes do governo de Saddam Hussein. "Tivemos discussões boas com os representantes do governo iraquiano e recebemos garantias de que eles implementarão por completo a resolução e irão cooperar conosco", disse Blix.

Blix e el-Baradei haviam chegado na segunda-feira (18) ao Iraque, acompanhando uma equipe avançada de 30 técnicos em armas. Até o final do ano, cerca de 100 inspetores deverão estar trabalhando no país do Golfo Pérsico.

El-Baradei também mencionou o compromisso do Iraque, que, segundo o dirigente, prometeu "cooperação total e completa em todas as questões". "Em nossas reuniões, todas as autoridades iraquianas comprometeram-se em nos dar totais cooperação e transparência", acrescentou.

O Iraque, ainda segundo el-Baradei, prometeu cumprir o prazo de 8 de dezembro estipulado pela ONU para a apresentação de uma declaração sobre todas as suas armas de destruição em massa. "O Iraque está comprometido em declarar tudo o que possui em termos de armas de destruição em massa, se é que realmente tem... e também declarará todas as atividades do país nos campos químico, biológico e nuclear, mesmo com fins civis", concluiu.

Os inspetores da ONU começarão o trabalho de campo no próximo dia 27.

Durante a visita ao Iraque, Blix reuniu-se com o ministro do Exterior Naji Sabri e sugeriu que as novas inspeções serão diferentes das que fracassaram há quatro anos. "Serão mais abrangentes e corretas", observou.