Os indígenas que participaram nessa terça-feira (4) de uma reunião com o governo decidiram não retornar ao Pará. Uma das lideranças afirmou que os indígenas não ficaram satisfeitos com a proposta apresentada pelo governo.
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O programa Amazônia Brasileira, da Rádio Nacional da Amazônia, entrevistou o secretário nacional de articulação social da secretaria-geral da Presidência da República, Paulo Maldos. Ele falou sobre a reunião realizada nessa terça-feira (4) entre representantes do governo e indígenas que ocupavam um dos canteiros de obras da Hidrelétrica de Belo Monte. Acompanhe.
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Indígenas, de várias etnias, ocupam o sítio Belo Monte, no município de Vitória do Xingu, no Pará. O local é um dos principais canteiros de obras da Usina Hidrelétrica Belo Monte. Junto aos povos Munduruku, Juruna, Kayapó, Xipaya, Kuruaya, Assuriní, Parakanã e Arara, também estão pescadores e ribeirinhos.
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Em entrevista ao programa 'Amazônia Brasileira', da Rádio Nacional da Amazônia, o procurador do estado do Pará, Felício Pontes, explicou que a ação movida pelo Ministério Público Federal do Pará (MP/PA) junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) contesta a ausência de consulta prévia às comunidades tradicionais atingidas pela construção da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, conforme determina a Convenção n° 169 da Organização Internacional do Trabalho - da qual o Brasil é signatário. Segundo ele, a ação deve ser julgada ainda este semestre. Ele lembrou que os munduruku, cujos representantes estiveram em Brasília na última semana para cobrar informações sobre ação da Polícia Federal na divisa entre Mato Grosso e Pará que resultou na morte de um indígena, também não foram ouvidos sobre a construção da hidrelétrica de Teles Pires. Felício Pontes critica a pouca importância que a Convenção nº 169 tem hoje no país e defende as comunidades: "eu me revolto junto com eles, porque um coisa é aquilo que é dito na imprensa, e na prática o governo faz completamente diferente".
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