Justiça paraense julga amanhã último dos cinco envolvidos na morte de Dorothy Stang

29/04/2010 - 20h56

Alex Rodrigues

Repórter da Agência Brasil

 

Brasília – O único dos cinco acusados pelo assassinato da missionária norte-americana Dorothy Stang que ainda não havia sido julgado, o pecuarista Regivaldo Pereira Galvão, o Taradão, vai a julgamento amanhã (30) às 8h, no Fórum Criminal de Belém (PA). Um esquema especial de segurança foi montado no local.

Galvão foi denunciado e pronunciado em 2006 sob acusação de homicídio qualificado e responde ao processo em liberdade. Os demais envolvidos no crime foram condenados e estão presos: Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, condenado a 30 anos de prisão; Rayfran das Neves, o Fogoió, condenado a 27 anos; Clodoaldo Batista, o Eduardo, condenado a 17 anos; e Amair Feijoli, o Tato, sentenciado a 27 anos.

O resultado do julgamento é aguardado com expectativa pelas entidades ligadas aos direitos humanos, sobretudo aquelas que lidam com a questão dos conflitos no campo, como a Comissão Pastoral da Terra (CPT). Em nota divulgada ontem (28), a CPT afirma que o nome da missionária se associa ao de tantas outras pessoas que morreram e ainda morrem sem ter seus direitos respeitados.

 

Defensora dos direitos de pequenos produtores rurais da região de Altamira (PA), área de intenso conflito fundiário, Dorothy Stang foi morta com sete tiros em fevereiro de 2005, na cidade de Anapu (PA).

Em Belém (PA), o ministro da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), Paulo Vannuchi, se reuniu, há pouco, com um irmão da missionária assassinada, David Stang, e com as missionárias Rebeca Spires e Jane Dwyer.

A Agência Brasil tentou ouvir a defesa de Galvão, mas não conseguiu localizar o advogado Jânio Siqueira.

 

 

Edição: Aécio Amado