Rio, 11/3/2003 (Agência Brasil - ABr) – O presidente do grupo Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, afirmou hoje, nesta capital, que a decisão de negociar a dívida da Eletropaulo junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, estimada em cerca de US$ 1,2 bilhão, é uma questão estritamente bancária, de competência do próprio BNDES. Para ele, é natural que o banco queira ser ressarcido dos recursos devodos pela controladora da Eletropaulo, a americana AES. Tomando por base o arresto de um avião brasileiro (da Varig) por credores nos Estados Unidos, Luiz Pinguelli Rosa externou que "é razoável que, se uma empresa americana não paga a um banco brasileiro, se discuta o controle da empresa".
Pinguelli Rosa ressaltou, por outro lado, a necessidade de se chegar a um acordo. Ele deixou claro, porém, que o controle da empresa não quer dizer federalização. A companhia pode ser passada a outro controlador privado que pague pelo que deve. Segundo ele, o problema é complicado, porque a estrutura de controle da Eletropaulo pela AES americana é intermediada por uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) sediada nas Ilhas Cayman. O presidente da Eletrobrás disse que não sabe se já existe alguma empresa interessada em assumir o controle da Eletropaulo, e lembrou que esse assunto deve ser tratado pelo presidente do BNDES, Carlos Lessa.