Brasília, 11/3/2003 (Agência Brasil - ABr) - Funcionário do Jardim Zoológico de Brasília foi morto por uma tigresa hoje à tarde. Edson Nunes, 29 anos, era funcionário do setor de animais perigosos há dois anos no Zôo. Hoje, por volta das 14h, como de rotina, Nunes foi alimentar os tigres da área de exposição de animais selvagens, no corredor que dá acesso às jaulas. Eram o casal Hany e Sultão e três filhotes, dois da primeira ninhada e um da segunda, com três meses.
O tratador tentava alimentar a tigresa Hany, que pesa aproximadamente 300 Kg, quando foi surpreendido por ela, que saiu pela porta lateral. Não se sabe ainda o que aconteceu exatamente. O perito do Instituto de Médico Legal (IML) não divulgou o laudo do que causou a morte de Nunes. Mas o diretor administrativo financeiro, Saulo de Oliveira, antecipou que o rapaz tinha uma mordida no pescoço e lesões do lado esquerdo do peito.
Hany chegou ao portão da rampa da jaula que proporciona acesso ao público. Apenas com um grito de outro funcionário, ela retornou à sua jaula. O Zoológico estava funcionando normalmente e recebia grupos de escolas. Um policial presente acionou o alarme da segurança do local e tranquilizantes foram administrados à tigresa.
Segundo o diretor da Fundação Pólo Ecológica, que administra o Zôo, Raul González, não é a primeira vez que a tigresa Hany ataca uma pessoa. Em 1992, Hany agrediu um funcionário que trabalhava no setor de animais perigosos. Luiz Inácio Rosa Ribeiro, 42 anos, foi atacado por descuido próprio. "Eu pensei que tinha fechado a porta e ela veio por trás, empurrou-a e me atacou. O sistema de segurança hoje está muito melhor do que o de 10 anos atrás", disse.
A perícia do corpo será divulgada amanhã. Raul González ressaltou que o zoológico assumirá o ônus do sepultamento. A família de Nunes é de Formosa e foi avisada imediatamente. O Zoológico estará fechado nesta quarta-feira, em sinal de luto, informou o diretor de Educação Ambiental, Dilto Batista Silva.