Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Reunidos em Adis Adeba (Etiópia), os líderes africanos decidiram criar uma força militar de reação rápida para intervir nos conflitos no continente. A força atuará apenas por algum tempo, que ainda não foi definido, até que seja estabelecida uma Força Africana de caráter permanente, cuja criação vem sendo debatida há anos pelos líderes da região.
A decisão foi anunciada pelo presidente em exercício da União Africana (que reúne 54 nações), o primeiro-ministro etíope, Hailemariam Desalegn. Segundo ele, é uma "decisão histórica". Os líderes comemoram os 50 anos da criação da Organização da Unidade Africana.
A ideia é que essa força de reação rápida esteja operacional “imediatamente” devido às contribuições já avançadas da África do Sul, de Uganda e da Etiópia.
Os recentes acontecimentos no Mali, cujos conflitos colocaram forças leais ao governo em combate com grupos extremistas, levaram à busca pelo apoio de 4 mil soldados franceses.
A Organização da Unidade Africana foi fundada em 25 de maio de 1963, em Adis Abeba, por 32 países africanos então independentes. Em 2002, foi substituída pela União Africana.
Atualmente, o bloco está voltado para a Guiné-Bissau, que teve um golpe de Estado no ano passado e ainda não se estabilizou, a República Centro Africana e Madagascar. Os três países ainda não retomaram a ordem democrática.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa // Edição: Juliana Andrade