Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O policiamento no Complexo de Favelas do Alemão e na comunidade da Vila Cruzeiro, na Penha, zona norte da capital fluminense, vai ser reavaliado. Ontem (26), traficantes, durante cinco minutos, fizeram disparos na direção da sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da região. Os tiros tumultuaram a largada da corrida Desafios da Paz, que contou com a participação do secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame.
Hoje (27), as forças de segurança do estado se reuniram para tratar do reforço no policiamento e das medidas de combate aos criminosos nas 14 favelas que compõem o Complexo do Alemão e da Vila Cruzeiro. A Secretaria de Segurança Pública não divulgou as medidas, mas Beltrame disse que elas serão percebidas por toda a população. O policiamento na região conta atualmente com 2 mil policiais militares e hoje houve reforço de 30% do efetivo.
A chefia da Polícia Civil, responsável pelas investigações do tiroteio, informou que já identificou os autores dos disparos, mas que vai manter os nomes em sigilo. O secretário considerou o episódio como uma ação "irresponsável e criminosa". "Este é o resquício de admiradores de uma facção que idolatra armas automáticas e se pautou pela banalização da violência e da vida. É óbvio que foi uma facção que, mesmo enfraquecida, acha que com atos assim pode afastar [da comunidade] a polícia e o Estado. Mas nós não sairemos”, disse
O governador Sérgio Cabral também comentou a ousadia dos traficantes e declarou que o processo de pacificação das áreas dominadas pelo crime é permanente. "Não vamos nos iludir que em dois anos e meio a gente vai resolver o problema. Este é um trabalho permanente. Só se ganha esta luta com coragem, perserverança e fé".
Edição: Aécio Amado
Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. É necessário apenas dar crédito à Agência Brasil