Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A Caixa Econômica Federal anunciou hoje (3) que reduziu em até 60% as taxas de administração nos fundos de investimento multimercado e nos fundos de ações, diminuiu os valores mínimos para aplicação em renda fixa e criou três aplicações específicas para movimentação exclusiva pela internet, o que possibilita taxas de administração muito baixas: dois de renda fixa, com aplicações a partir de R$ 500 (taxa de 0,90%) e de R$ 10 mil (taxa de 0,70%) e um fundo de ações com aplicação mínima de R$ 500 e taxa de administração de 1,60% por mês.
O objetivo dessa mexida no portfólio de investimentos é expandir a participação da Caixa no segmento de fundos, ao mesmo tempo em que torna essas alternativas de aplicação mais atrativas, de acordo com o vice-presidente de Ativos de Terceiros, Marcos Vasconcelos. A intenção, segundo Vasconcelos, é oferecer opções com menor custo e melhor rentabilidade, tendo em vista o novo cenário de juros de mercado mais baixos.
Essa adequação se fez necessária depois das mudanças na remuneração da caderneta de poupança, que atualmente rende 70% da Selic – hoje em 7,50% ao ano – mais taxa referencial (TR). O índice é menor do que antes das alterações nas regras, mas a aplicação na caderneta de poupança é isenta do Imposto de Renda e por isso tem rentabilidade melhor que a maioria dos fundos de investimento existentes na praça, principalmente daqueles que cobram taxa de administração acima de 0,85% ao mês, de acordo com cálculos da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).
A mexida feita pela Caixa mantém as taxas de administração dos oito fundos de renda fixa, que variam de 0,05% a 1,10%, de acordo com o volume de recursos aplicados. A aplicação mínima, que era R$ 30 mil, caiu para R$ 20 mil (taxa de 1,10%); de R$ 50 mil passou para R$ 30 mil (taxa de 1%); de R$ 75 mil diminuiu para R$ 50 mil (0,85%). À medida que o volume da aplicação aumenta, a taxa de administração baixa, até o investimento máximo, antes de R$ 10 milhões, foi reduzido para R$ 1 milhão (taxa de 0,05%).
Edição: Fábio Massalli