Débora Zampier
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A defesa do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, entrou com uma ação hoje (11) no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar adiar o depoimento do bicheiro na CPI que apura sua relação com parlamentares e agentes públicos. No habeas corpus, a defesa sugere que, caso o empresário não tenha acesso às provas, ele pode adotar a tática do silêncio.
“Para decidir se fala ou se cala, ele precisa antes saber o que há a seu respeito”, destaca trecho da ação. Os advogados prosseguem alegando que “caso decida silenciar, [Cachoeira] perderá valiosa oportunidade não só de desconstruir as suspeitas que pesam sobre seus ombros, mas também de esclarecer fatos que tanto rumor têm causado”.
O habeas corpus pretende anular decisão do presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), que convocou Cachoeira a depor no próximo dia 15, negando acesso da defesa às provas e informações colhidas na CPI.
Os advogados contestam o fato de a defesa de Cachoeira estar sendo cerceada, já que ele não pode avaliar as provas que os parlamentares usarão para interrogá-lo, inclusive as colhidas nas operações Vegas e Monte Carlo. O relator do habeas corpus é o ministro Celso de Mello.
Edição: José Romildo