Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Sob sanções há mais de seis meses por parte da comunidade internacional, o governo do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, pretende retomar as discussões sobre o programa nuclear desenvolvido no país entre os dias 20 a 22. Elas ocorrerão em nível técnico entre representantes do Irã, da União Europeia, do grupo denominado P5+1 (Estados Unidos, Rússia, França, Grã-Bretanha e China, além da Alemanha) e também da Turquia, em Istambul (na Turquia).
As informações são da agência iraniana oficial de notícias, a Irna. Na reportagem, publicada hoje (7), a agência informa que a série de reuniões foi confirmada por representantes da União Europeia (UE), em Bruxelas, na Bélgica. Pela UE, os debates serão conduzidos pela chefe de Relações Exteriores do bloco, Catherine Ashton.
Porém, o negociador nuclear por parte do governo do Irã, Saeed Jalili, avisou que a suspensão do programa de enriquecimento de urânio do país não estará na pauta de debates. Segundo ele, os “direitos nucleares do Irã são inegociáveis”. De acordo com Jalili, o objetivo é buscar a cooperação e o fim do impasse.
Desde junho de 2010, o Irã está sob sanções impostas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas e unilateralmente por vários países e blocos econômicos, como a União Europeia. Líderes políticos suspeitam que o programa iraniano desenvolva a produção de armas atômicas.
Ahmadinejad e autoridades iranianas negam as suspeitas e sustentam que o programa nuclear desenvolvido no país tem fins pacíficos, inclusive para uso hospitalar. No entanto, as desconfianças levaram o Conselho de Segurança das Nações Unidas a aprovar, em junho de 2010, sanções ao Irã que atingem, principalmente, a área econômica.
O governo brasileiro foi contrário às medidas punitivas. Para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ideal seria, na época, buscar o diálogo e não impor sanções.
Edição: Aécio Amado