Consumidor está disposto a gastar mais no Dia dos Pais deste ano, diz FGV

06/08/2010 - 21h08

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Pesquisa feita pela Fundação Getulio Vargas (FGV) de intenção de gastos com presentes para o Dia dos Pais prevê que, até domingo (8), os itens campeões de vendas serão os artigos de vestuário e acessórios. A FGV constatou que a proporção dos que pretendem comprar roupas e acessórios será de 60,7%.

No ano passado, essa proporção era de 48,8%. Já o interesse pelos eletroeletrônicos e eletrodomésticos caiu de 22,2% para 9,1%. A edição da Sondagem de Expectativas do Consumidor para o Dia dos Pais, divulgada hoje (6), mostrou, ainda, que a população está disposta a gastar mais para presentear os pais.

A proporção de consumidores que pensam em gastar mais neste ano passou de 8,8%, registrados em 2009, para 9,9%. A pesquisa constatou uma diminuição do número de pessoas que querem gastar menos com o presente do pai para o próximo domingo. O percentual no ano passado foi de 19,9% e, agora, é de 17,4%.

Segundo a economista da FGV, Viviane Bittencourt, a situação financeira das pessoas, a situação econômica do país e o mercado de trabalho favoreceram a volta do consumidor às compras. “O mercado de trabalho continua se mantendo aquecido. Isso é o principal fator. O consumidor está se considerando mais satisfeito com a situação atual do que acontecia no ano passado, quando ele ainda estava muito cauteloso com relação à saída da crise. Então isso demorou muito tempo para voltar a retomar suas compras”, disse.

Outra conclusão da pesquisa, segundo Viviane, é que o ímpeto de comprar presentes para os pais está maior do que nos anos anteriores, inclusive antes da crise, em 2006 e 2007, o que é um ponto favorável para o comércio. “Para todas as faixas de renda, a gente está vendo um ímpeto maior para comprar e em valor também, um pouco superior ao do ano passado”, acrescentou.

Segundo Viviane, todas as faixas de renda optaram por presentes mais caros em comparação com o ano passado. Os consumidores mais otimistas são os que ganham acima de R$ 9,6 mil, que admitem comprar presentes com valor 6,4% maior do que no ano passado. O preço médio do presente subiu 3%.

A pesquisa foi realizada em mais de 2 mil domicílios, em sete capitais brasileiras: Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre e Salvador.


Edição: Lana Cristina