Candidatos à Presidência já arrecadaram mais de R$ 15 milhões para campanhas

06/08/2010 - 20h38

Débora Zampiér e Luana Lourenço

Repórteres da Agência Brasil

 

Brasília - Os candidatos à Presidência da República declararam ter arrecadado mais de R$ 15 milhões para suas campanhas eleitorais até agora. De acordo com a primeira prestação parcial de contas, divulgada hoje (6) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a candidata do PT, Dilma Rousseff, lidera a arrecadação até agora, com R$9,7 milhões recebidos para a campanha.

 

Os nove candidatos ao Palácio do Planalto entregaram os relatórios ao TSE, mas apenas Dilma Rousseff, José Serra (PSDB), Marina Silva (PV), Plínio de Arruda Sampaio (P-SOL) e Levy Fidelix (PRTB) registraram movimentação financeira. Os presidenciáveis Ivan Pinheiro (PCB), Jose Maria Eymael (PSDC), Rui Costa Pimenta (PCO) e José Maria (PSTU) declararam ao TSE não ter recebido nada para a campanha.

 

Marina Silva informou ter recebido R$ 3,5 milhões, a segunda maior arrecadação entre os candidatos à Presidência. Em terceiro lugar, aparece o candidato tucano José Serra, que declarou receita de R$ 2,6 milhões.

 

De acordo com o TSE, Plínio de Arruda Sampaio recebeu R$ 35 mil. A campanha de Levy Fidelix rebeu R$1 mil, tirados, segundo ele, do próprio bolso.

 

O tribunal também divulgou os gastos dos candidatos. Serra e Marina dizem ter gasto tudo o que foi arrecadado até agora. As despesas de Dilma somam R$9,56 milhões, 98% da receita declarada.

 

Essa é a primeira prestação de contas prevista no calendário eleitoral, e ainda não é a que será analisada pela Justiça para verificar se a campanha não cometeu irregularidades. No dia 6 de setembro haverá nova prestação parcial de contas. A final deve ser feita em 2 novembro para aqueles que encerrarem a campanha no primeiro turno. Quem for para o segundo turno, fará a prestação de contas em 30 de novembro.

 

É a primeira vez que a prestação de contas parcial vai checar os números informados pelas coligações em um extrato eletrônico emitido pelos bancos onde os candidatos têm as contas que movimentam o dinheiro das campanhas. Isso levou os comitês financeiros a terem mais cuidado ao informar valores arrecadados, já que em outros anos era comum anunciarem números que não condiziam com a realidade só para cumprir a Lei Eleitoral, já que a única prestação de contas analisada pela Justiça Eleitoral é a última.

 

A Justiça Eleitoral deve julgar todas as contas de campanha até a diplomação dos eleitos, em dezembro. Caso o candidato tenha sido eleito e as suas contas não tenham sido aprovadas, ele não recebe a certidão de quitação eleitoral e não pode assumir o cargo.

 

Os dados são do Sistema de Prestação de Contas Eleitorais (SPCE), que recebeu registros de 16 mil candidatos aos cargos de presidente, governador, senador, deputado federal, deputado estadual, deputado distrital, e dos comitês financeiros de campanha e partidos políticos.

 

Edição: João Carlos Rodrigues