Jovens sul-africanos cobram educação mais inclusiva

16/06/2010 - 12h15

Vinicius Konchinski
Enviado Especial

Joanesburgo – Centenas de jovens saíram hoje (16) às ruas do bairro de Soweto vestidos com uniformes escolares para celebrar o Dia da Juventude na África do Sul. As escolas do país estão fechadas hoje por causa da Copa do Mundo. Os jovens seguiram a tradição e homenagearam os que morreram lutando contra o apartheid.

Com dança e músicas, eles demostraram o reconhecimento pelo que estudantes da década de 70 fizeram pela África do Sul. Contudo, não deixaram de exigir mais mudanças, e uma das reivindicações mais ouvidas foi a defesa de uma educação mais inclusiva.

“Queremos universidade grátis para todos”, disse a jovem Zanele Ndlovu, de 17 anos, em entrevista à Agência Brasil. “Poucos têm condição de pagar para frequentar uma universidade”.

Segundo ela, os estudantes sul-africanos têm educação gratuita até terminarem o que equivale ao ensino médio brasileiro. Depois, precisam ser aprovados em exames de seleção das universidades e pagar pelo ensino superior.

Therato Ledwaba, de 19 anos, também reivindica a gratuidade do ensino superior. Para ela, o acesso de mais estudantes à universidade possibilitaria que a África do Sul não sofresse tanto com problemas como a aids e a gravidez precoce. “Mais educação, menos problemas”, resumiu.

Edição: Juliana Andrade