Cresce o número de empresas de serviços terceirizados e trabalho temporário no período da crise

16/06/2010 - 21h57

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – O setor de terceirização de serviços e trabalho temporário foi pouco afetado pela crise financeira internacional, tendo registrado aumento de 2,6% no número de empresas criadas de abril de 2009 a abril deste ano. Os dados foram apresentados hoje (16) pela Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário (Asserttem).

Essas empresas representam um universo de 31 mil companhias no país, das quais 15,3 mil estão localizadas nos estados de São Paulo, do Paraná e Rio de Janeiro. A pesquisa divulgada pela associação apontou que também foi registrado crescimento no faturamento do setor. O setor de trabalho terceirizado movimentou R$ 43 bilhões no período e, no levantamento anterior, o faturamento foi de R$ 40 bilhões.

Na área do trabalho temporário, o faturamento atingiu R$ 19 bilhões no ano pesquisado e, no período anterior, foi de R$ 17 bilhões. Jismália de Oliveira Alves, diretora da Asserttem, avaliou os resultados como uma consequência das peculiaridades do setor. “O trabalho temporário tem uma dinâmica que ajuda na retomada da economia, pela facilidade que tem na contratação”.

Os trabalhadores temporários são contratados por períodos que vão de um dia até três meses, prorrogáveis por igual período. “Tudo isso dá segurança na contratação”, disse Jismália. Os dados divulgados pela Asserttem revelam expansão também da empregabilidade. “Normalmente, o trabalho temporário vinha mostrando um índice de pessoas empregadas, mensalmente, em torno de 850 mil a 860 mil. Este ano, foi mais significativo. Nós estamos com um número bem maior em relação ao ano passado.”

As empresas de trabalho temporário registradas no Ministério do Trabalho contrataram, no ano pesquisado, 902 mil pessoas por mês. Segundo a diretora, o setor emprega entre 10 milhões e 10,5 milhões de trabalhadores por ano.

O trabalho temporário representa o primeiro emprego para 14,5% dos jovens brasileiros. Na pesquisa anterior, esse índice era de 12,5%. Entre os idosos, o percentual também subiu de 11,5% para 14,3%. A média de efetivação do trabalho temporário, de acordo com a Asserttem, evoluiu de 36,3% para 37,3%.


Edição: Lana Cristina