Projeto de mãe social é desenvolvido há 20 anos em Novo Gama

09/05/2010 - 15h58

Da Agência Brasil

Brasília – Raimunda Lima Diano (60), mais conhecida como Diana, desenvolve um projeto de mãe social em Novo Gama, cidade goiana próxima a divisa com o Distrito Federal. Ela acolhe crianças que são rejeitadas por suas mães biológicas. Segundo a suas contas são 128 filhos criados ao longo de mais de 20 anos.

O mais novo tem 3 meses de idade e para as próximas semanas nascerão mais dois. Além desses, ela têm duas filhas biológicas: Verônica Diano Braga (31) e Angélica Diano Braga Moura (25).

Apesar das dificuldades para criar os filhos, Diana afirma que é uma forma de viver mais. “É esse trabalho que me mantém viva. Não tenho tempo para adoecer. Todos os meus filhos são bênçãos de Deus e sei que cada um deles tem um motivo de ter surgido na minha vida”.

Felipe de Lima Silva, hoje com 16 anos, foi para a casa de Diana ainda pequeno e foi criado por ela, junto com outros irmãos. Atualmente só ele permanece no lar, pois os demais decidiram recomeçar a vida com uma herança recebida de um familiar. Para ele, a verdadeira herança e os vínculos de família estão ali, ao lado da mãe Diana.

“Ela é como se fosse nossa verdadeira mãe. Espero um dia retribuir tudo o que ela fez por mim e por meus irmãos”, disse Felipe. Ele está prestes a terminar o ensino médio e segundo Diana já tem um padrinho que vai custear o curso de direito, que é seu sonho desde a infância.

Diana foi criada em um orfanato no interior de São Paulo e chegou a trabalhar no Lar dos Velhinhos da cidade como cozinheira. Para ajudar nas despesas da casa, aos sábados e domingos ela vende roupas em uma feira na Torre de TV, em Brasília.
 

 

Edição: Rivadavia Severo