Da Agência Brasil

Brasília – A organização não governamental (ONG) Vida Positiva desenvolve o trabalho de cuidar de portadores de HIV há três anos. Atualmente a casa, localizada em Taguatinga, no Distrito Federal, presta assistência para 17 crianças.

Segundo a presidente da ONG, Vicky Tavares, conhecida como vovó Vicky, a maioria desses meninos e meninas não tem mãe e, as que ainda possuem, têm pouco contato com a família, pois parte dessas mulheres é usuária de drogas e vive pelas ruas da cidade sem criar qualquer vínculo de afetividade com os filhos.

“Aqui na casa tenho um aprendizado diário. Sou muito temperamental. Antigamente, qualquer dor eu gritava. Hoje, depois de presenciar o esforço dessas crianças que passam constantemente por lutas e não deixam de sorrir, aprendi a ser mais forte”, diz a vovó Vicky.

Para estreitar os laços fraternos, ela procura realizar as refeições com seus “netos”. Aos sábados ela prepara “o feijão e a farofa da vovó Vicky”. O cansaço às vezes bate, pelo trajeto que tem de percorrer da sua casa, localizada na Asa Sul, bairro de Brasília, à Vida Positiva, mas afirma que ao chegar à ONG, as energias se renovam.

João do Nascimento que é atendido pela Vida Positiva disse que a relação dele com a vovó Vicky é de familiaridade.

“A relação que é temos é ótima! Ela é uma pessoa que cuida muito bem de cada um de nós e, passa mais tempo conosco do que ao lado da própria família biológica. Vovó Vicky é para mim uma mãe, uma avó e, até mesmo um pai”, conclui.

Ao falar da relação com os “netos”, vovó Vicky disse que o trabalho transcende qualquer obstáculo. “Dou tudo de mim, oferecendo a eles amor. O amor é positivo e traz retorno a todos. Eles são minha família e aqui é a extensão da minha casa”.

O trabalho desenvolvido pela entidade é mantido por doações, festas beneficentes e parcerias assistenciais. Há oito anos Vicky desenvolve projetos com crianças portadoras do vírus HIV e a três fundou a ONG Vida Positiva.
 

Edição: Rivadavia Severo