Lula defende atual política externa brasileira

20/04/2010 - 15h35

Yara Aquino

repórter da Agência Brasil
 

Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez hoje (20) uma defesa de sua política externa e da relação com os países da América do Sul durante discurso na cerimônia de formatura de diplomatas do Instituto Rio Branco. Lula afirmou que o Brasil cresceu, deixou de ser coadjuvante no cenário internacional e criticou o desequilíbrio nas relações entre as nações do Norte e do Sul.

“Quando olharmos o mapa do mundo vamos perceber que o Norte não é tão grande como eles pensam que seja e o Sul não é tão pequeno como eles pensam que seja”, disse.

Na avaliação do presidente, o Brasil vive hoje um outro momento no cenário internacional e deixou de sofrer do “complexo de vira-lata”. Ele defendeu as viagens que fez à África como uma forma de diversificar a parceria comercial do Brasil.

Ao se referir à relação com os vizinhos da América do Sul, Lula disse que muitos gostariam que ele tivesse sido duro com o presidente da Bolívia, Evo Morales, na discussão em torno da compra do gás boliviano pelo Brasil; e com o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, na negociação em torno do reajuste da tarifa da energia elétrica produzida pela usina de Itaipu.

Lula disse que o Brasil deveria pagar à Bolívia um preço justo pelo gás e que o Paraguai realmente precisava de mais dinheiro de Itaipu. “Um país como o Brasil, que é a maior economia, tem que ser o lado generoso, tem que ser aquele que estende a mão, que ajuda, que permite que haja o avanço dos outros. O Brasil não pode ser o grande país e os outros os pequenos países. É preciso fazer com que o crescimento do Brasil sirva para eles crescerem”, concluiu o presidente.

 

 

Edição: Vinicius Doria