Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, explicou hoje (19) por que pediu ao Senado uma mudança nas leis Pelé e do Ato Olímpico para que palavras relacionadas aos Jogos Olímpicos de 2016 sejam de uso exclusivo do COB e do Comitê Organizador dos Jogos.
“Essa é uma exigência do Comitê Olímpico Internacional e todas as cidades que sediaram as Olimpíadas, como Pequim, Barcelona e agora Londres, tiveram que se adaptar a ela”, alegou Nuzman. Caso o pedido seja aceito pelo Congresso, palavras como “jogos”, “olimpíadas” e o número “2016” passarão a ficar restritas ao uso pelos comitês, não podendo ser usadas livremente para fins comerciais. Dessa forma, Nuzman espera proteger os patrocinadores dos Jogos Olímpicos.
A presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte, Marisa Serrano (PSDB-MS), considerou o pedido “um pouco draconiano”. “Não sei qual foi a intenção dele, porque a lei já é forte e ele está pedindo pra endurecer mais”, afirmou a senadora. Ela acha difícil que a proposta seja aprovada no Senado, mas disse que pretende ouvir o COB para saber a qual a sua intenção. Uma audiência pública na comissão foi solicitada por ela para que o assunto seja explicado.
A senadora afirmou ainda que não ficou incomodada pelo fato de Nuzman ter enviado o pedido diretamente ao presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), mas quer as explicações. “A comissão tem o direito de saber também. É a Comissão de Esportes, é a comissão de mérito e devemos saber também.”
O presidente do COB participou hoje de audiência na Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado, onde deu detalhes sobre a preparação para os Jogos Olímpicos de 2016. Para a audiência de amanhã (20) na Comissão de Esportes, ele deve enviar um representante do COB.
Edição: João Carlos Rodrigues